Syzygium cumini na glicemia, estresse oxidativo e sistema colinérgico de ratos normais e diabéticos
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Data
2002-02-22Primeiro membro da banca
Schetinger, Maria Rosa Chitolina
Segundo membro da banca
Bauermann, Liliane de Freitas
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho teve por objetivo investigar a eficiência do extrato da casca de Syzygium cumini (L.) Skeels, uma planta comumente utilizada na terapia alternativa da diabetes, avaliando o efeito do seu uso terapêutico sobre os níveis glicêmicos, estresse oxidativo e sistema colinérgico de ratos normais e diabéticos induzidos por aloxano. Os animais foram divididos em grupo controle (C), controle tratado (CT), diabético controle (DC) e diabético tratado (DT). Em um primeiro experimento a administração oral do extrato aquoso da casca de Syzygium cumini, na dose de 1g/Kg de peso vivo, por um período de trinta dias não resultou em uma redução significativa na glicemia e nos níveis de hemoglobina glicosilada. Neste estudo o tratamento com o extrato demonstrou um aumento dos níveis de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS) no plasma dos ratos do grupo DT (p<0,05), comparado com o controle C. A atividade da catalase nos rins dos ratos do grupo DC diminuiu significativamente (p<0,01), e no fígado houve uma elevação significativa dessa enzima no grupo DC (p<0,01). Estes resultados indicam que o extrato da casca de Syzygium cumini não possui efeito hipoglicemiante em ratos diabéticos induzidos pelo aloxano. O efeito antioxidante desta planta não foi suficiente para diminuir significativamente a produção de TBA-RS. A diminuição na atividade da catalase nos rins pode ser devida a exaustão ou inibição dessa enzima, e seu aumento no fígado devido ao estresse oxidativo ocasionado pelo estado diabético. Em um segundo experimento foi avaliado o efeito do extrato da casca de Syzygium cumini no sistema colinérgico de ratos normais e diabéticos. A atividade da acetilcolinesterase (AChE) foi determinada nas seguintes estruturas: cerebelo, córtex, estriato e hipocampo. Das estruturas cerebrais estudadas, foi observado uma diminuição na atividade da AChE no cerebelo e córtex cerebral dos ratos do grupo DT (p<0,05). No estriato houve um aumento na atividade da AChE no grupo CT (p<0,01), e no hipocampo não foi encontrada nenhuma variação significativa. A terapia demonstrou ter um efeito inibitório da AChE no cerebelo e córtex cerebral, e um aumento dessa enzima no estriato, indicando uma possível alteração na funcionalidade do sistema nervoso central.
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