A representação cultural de Lolita no romance de Nabokov e em suas adptações de Stanley Kubrick e Adrian Lyne
Fecha
2010-03-08Primeiro membro da banca
Ourique, João Luis P.
Segundo membro da banca
Umbach, Rosani Ketzer
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Neste estudo se pretende investigar a representação cultural da personagem
homônima do romance Lolita (1955), de Vladimir Nabokov, pela ótica de seu
narrador-personagem Humbert. Considerando que esta representação é assinalada
profundamente pelas adaptações cinematográficas de Stanley Kubrick (1962) e
Adrian Lyne (1997), se apresenta um cotejo entre os textos literário e fílmicos que
demonstra como a pedofilia, tema central do romance de Nabokov, é transmutada
num amor romântico entre um homem ingênuo e uma adolescente sedutora,
difundindo, portanto, o mito da ninfeta na cultura de massa. Para desmitificar este
mito criado pelo cinema, se estabelecem as relações de dominação masculina,
sobretudo do corpo feminino, identificadas no texto literário. Mas o que se levanta
como hipótese é que do mesmo modo que Lolita é construída pela sociedade
patriarcal, Humbert também é construído pela sociedade que discrimina qualquer
desvio de comportamento (no caso, a pedofilia). Na mesma proporção em que Lolita
é transformada em mulher e construída pela sociedade (patriarcal), Humbert
também é transformado em anormal e construído pela sociedade (“normal”).
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