Acidentes de trânsito envolvendo bicicletas em rodovias federais do Rio Grande do Sul: caracterização e medidas mitigadoras
Resumen
Durante a Segunda Década de Ações pela Segurança no Trânsito (2021-2030) pretende-se diminuir em 50% o número de mortos e feridos em decorrência de acidentes (United Nations, 2022, p. 5). Para tanto, é necessário estabelecer normas e ações de segurança viária para cada tipo de usuário no trânsito. No que tange ao ciclista, busca-se identificar medidas que possam mitigar seu envolvimento em acidentes, uma vez que esse é um usuário vulnerável. Quando esse usuário está inserido em rodovias, vias que podem estar no trajeto de seus deslocamentos habituais, essa vulnerabilidade é ainda maior. Nas rodovias federais do Brasil, 10,48% dos ciclistas envolvidos em acidentes foram a óbito entre 2017 e 2021. Para as rodovias federais do Rio Grande do Sul, esse índice foi de 9,51% (Brasil, 2022c). Uma forma para reduzir esses indicadores é estabelecer os trechos críticos com ocorrência desses acidentes, determinar os fatores que contribuem para esse sinistro e propor medidas que mitiguem a ocorrência desses. Esse trabalho teve por objetivo propor medidas mitigadoras para os acidentes envolvendo bicicletas nas rodovias federais do Rio Grande do Sul a partir da identificação de segmentos críticos e dos fatores contribuintes para esses acidentes. Após a análise do banco de dados de acidentes da PRF – Polícia Rodoviária Federal de 2017 a 2021, constatou-se que o segmento mais crítico em reta encontra-se na BR 472, km 573,3 – km 574,3. As rotatórias mais perigosas para os ciclistas encontram-se na BR 472, km 577 e BR 386, km 33. Já a interseção de quatro aproximações mais crítica para a segurança desse usuário está na BR 285, km 123. Nestes locais entre as medidas mitigadoras para a ocorrência de acidentes com ciclistas estão: melhoria da sinalização, iluminação e pavimento das vias e interseções e implementação de vias exclusivas para ciclistas e de técnicas e dispositivos de controle de velocidade. O entendimento destes pontos críticos, fatores contribuintes e medidas moderadoras pode servir de boa prática para aumentar a segurança de ciclistas nos demais trechos rodoviários.
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