Disseleneto de difenila e selenito de sódio associado à trimetoprima e sulfametoxazol em toxoplasmose experimental: influência na atividade de biomarcadores de estresse oxidativo e modulação de citocinas
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Data
2014-12-18Primeiro membro da banca
Leal, Daniela Bitencourt Rosa
Segundo membro da banca
Thomé, Gustavo Roberto
Metadata
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A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição geográfica mundial, causada por Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular obrigatório, podendo apresentar, em determinadas regiões, grande impacto médico- veterinário; sendo considerada uma das enfermidades infecciosas mais difundidas dentre as transmissíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da associação entre trimetoprima e sulfametoxazol (ST) com disseleneto de difenila (DPDS) e selenito de sódio (SSe) em um modelo experimental de toxoplasmose, sobre biomarcadores de estresse oxidativo e nos níveis de citocinas. Portanto, este estudo avaliou os níveis de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), produtos avançados de oxidação de proteínas (AOPP) e a atividade da glutationa redutase (GR), assim como a modulação da resposta inflamatória por meio da avaliação dos níveis de INF-γ e IL-10. Para estes fins, oitenta e quatro camundongos BALB/c adultos, machos, foram utilizados. Estes foram divididos em sete grupos, onde o grupo A serviu como controle negativo. Os animais dos grupos B ao G foram infectados intraperitonealmente com 1.2x107 taquizoítos (cepa RH). Destes, o grupo B representou o controle positivo; enquanto que os grupos C a G representaram os grupos de tratamento, como definido a seguir: grupo C: infectados com T. gondii e tratados com ST; grupo D: infectados com T. gondii e suplementados com SSe; grupo E: infectados com T. gondii e suplementados com DPDS; grupo F: infectados com T. gondii e tratados com ST associada a SSe; e grupo G: infectados com T. gondii e tratados com ST associado ao DPDS. As amostras de sangue e de fígado foram coletadas e analisadas nos dias 4 e 20 pós-infecção (pi). Como resultado foi possível observar que os níveis de TBARS aumentaram significativamente (P<0,05) nos grupos B, C e F no dia 4 pi, ao mesmo tempo que os níveis deste mesmo biomarcador foram reduzidos (P<0,05) nos grupos C, F e G no dia 20 pi, quando esses dados foram comparados com o grupo A. Os níveis de AOPP aumentaram significativamente (P<0,001) nos grupos C e G no dia 4 do pi, ao passo que os níveis desse biomarcador foram reduzidos nos grupos C, F e G (P<0,001) no dia 20 pi, quando comparado com o grupo A. Adicionalmente, a atividade de GR aumentou significativamente (P<0,01) no dia 4 pi no grupo G, quando este foi comparado com o grupo controle. Os níveis de INF-y aumentaram significativamente (P<0,001) em ambos os períodos, no dia 4 (grupos B, C, F e G) e 20 pi (grupos C, F e G), quando comparado ao grupo A. Os níveis de IL-10 estavam significativamente reduzidos (P<0,001) no dia 4 pi no grupo B, enquanto que no mesmo período este estava aumentado (P<0,001) nos grupos C e G, quando comparado com o grupo A. No dia 20 pi os níveis de IL-10 estavam aumentados (P<0,001) nos grupos F e G, quando comparado com o grupo controle. Desta maneira, nossos resultados evidenciaram que as formas inorgânica (Selenito de sódio) e orgânica (disseleneto de difenila) de selênio quando associadas com a quimioterapia foram capazes de reduzir a peroxidação lipídica e oxidação de proteína, principalmente durante a fase aguda da infecção experimental, assim como proporcionou um balanço imunológico entre a produção de citocinas pro e anti-inflamatórios, evitando assim a produção excessiva de citocinas pró-inflamatórias.
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