Estratégias defensivas utilizadas por enfermeiros no trabalho em estratégia saúde da família
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Data
2014-01-09Primeiro coorientador
Weiller, Teresinha Heck
Primeiro membro da banca
Trindade, Letícia de Lima
Segundo membro da banca
Camponogara, Silviamar
Metadata
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O presente estudo tem como objetivo geral identificar as estratégias defensivas que os enfermeiros da Saúde da Família utilizam frente ao sofrimento para conduzir o seu trabalho e como objetivo especifico, identificar a organização do trabalho e suas relações com as vivências de prazer e sofrimento dos enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. Participaram do estudo os 16 enfermeiros que atuam nas unidades Estratégia Saúde da Família do Município de Santa Maria/RS, Brasil. Utilizou-se a entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados, a qual ocorreu no período de janeiro a abril de 2013. Os dados foram analisados segundo a análise de conteúdo temática proposta por Minayo. Como resultados destacam-se: a população estudada é de adultos jovens, na faixa etária entre 26 e 35 anos; 87,5% do sexo feminino e atuam entre 01 a 04 anos na ESF. Os principais fatores que conduzem ao sofrimento e ao desgaste, relatado por esses trabalhadores são a sobrecarga, as cobranças da comunidade, o pouco reconhecimento, o limitado apoio dos gestores em prol de melhorias físicas das unidades e o aumento do quadro de trabalhadores e as restritas ações voltadas à saúde do trabalhador. Relacionam o prazer, com o fato de desempenhar as atividades privativas do enfermeiro, as relações de confiança e apoio entre os trabalhadores da equipe, o vínculo e o reconhecimento por parte dos usuários e o sentimento de utilidade ao trabalhar com a comunidade. No que se refere às estratégias defensivas, que utilizam frente ao sofrimento, emergiram as individuais (planejamento e descentralização das ações e tarefas; iniciativas e adaptação; reconhecimento de suas limitações; fortalecimento da espiritualidade; banalização, racionalização; negação e fuga). As estratégias coletivas destacam-se: alocação de recursos próprios para resolver dificuldades, diálogo como ferramenta de trabalho e momentos de descontração. Os enfermeiros salientam que sentem impacto em sua saúde e há poucas ações referentes à saúde do trabalhador, existe um distanciamento entre o trabalhador e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do município. Espera-se que esses resultados contribuam com a construção de conhecimentos e que sejam traduzidos em políticas públicas votadas para esses trabalhadores, destacando também a importância da discussão dessa temática na formação dos enfermeiros.
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