Anticorpos anti-Leishmania spp. em equinos de áreas do Rio Grande do Sul com diferentes classificações epidemiológicas quanto à transmissão de leishmaniose viscera
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Data
2023-02-28Primeiro coorientador
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Primeiro membro da banca
Sangioni, Luis Antonio
Segundo membro da banca
Grando, Thirssa Helena
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os protozoários do gênero Leishmania são os agentes etiológicos da
leishmaniose, mantidos em reservatórios silvestres e urbanos. A importância do
estudo da leishmaniose em equinos está relacionada ao fato desses animais, assim
como os cães, estarem em contato direto com os humanos e, em alguns casos,
poderem desenvolver a doença clínica. Considerando a escassez de dados quanto à
detecção de Leishmania spp. em equinos na região Sul do Brasil e os estudos
sugerindo a participação da espécie no ciclo epidemiológico da doença, o objetivo
dessa dissertação foi investigar a presença de anticorpos anti-Leishmania spp. em
amostras de soro de equinos provenientes de áreas com diferentes classificações
epidemiológicas quanto a ocorrência de leishmaniose visceral (LV) no Rio Grande do
Sul. Para a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania spp., amostras de soro de 436
cavalos foram submetidas à Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) na diluição
de 1:40 e utilizando formas promastigotas de uma cepa padrão de Leishmania
infantum como antígeno. As amostras foram classificadas de acordo com a origem
(áreas de transmissão de LV ou áreas silenciosas) e local de criação dos cavalos (área
urbana ou campo). Anticorpos anti-Leishmania spp. foram detectados em 9,17% das
amostras. A maior frequência de detecção ocorreu nos animais das áreas de
transmissão de LV (29,41%), seguido pelos animais de áreas silenciosas, onde não
há transmissão comprovada da doença (6,49%). As frequências de detecção de
anticorpos em equinos de tração e de campo foram de 9,46% e 8,8%,
respectivamente. Esses resultados mostram que Leishmania spp. está circulando no
Rio Grande do Sul, tanto em áreas com transmissão, quanto em áreas consideradas
silenciosas. O estudo também sugere que os equinos possam atuar como
reservatórios, apesar de ainda serem necessários mais estudos investigando a
patogênese, a epidemiologia da infecção por L. infantum na espécie e o seu papel na
transmissão do protozoário entre humanos e animais.
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