Avaliação radiológica do terceiro metacarpiano em potros Puro Sangue de Corrida em treinamento
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Data
2001-12-06Primeiro membro da banca
Medici, Eduardo Brum
Segundo membro da banca
De La Côrte, Flávio Desessards
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Quarenta e dois potros Puro Sangue de Corrida (PSC), de 2 anos de
idade, foram acompanhados clinica e radiologicamente a cada 15 dias, durante o
treinamento para sua primeira corrida, para determinar a incidência e possíveis
fatores predisponentes de periostite metacarpiana dorsal (PM). Durante dois
meses no primeiro ano (n=25) e quatro meses (n=17) no segundo os potros
foram submetidos a exames clínicos para a identificação de sinais clínicos de
PM e exames radiológicos dos McIII usando a projeção látero medial . Dados
como sexo, velocidade média, distância dos exercícios de velocidade e treinador
foram tabulados. No primeiro ano 28% dos potros avaliados manifestaram PM e
no segundo ano este índice foi de 70,6%. Considerando todo o período a
incidência foi de 45%. Não houve diferença entre os sexos na manifestação de
PM e na velocidade média alcançada. A velocidade média desenvolvida pelos
potros que permaneceram sadios e dos que tiveram PM se manteve entre 16 e
18 m/s. Nos 500 e 700m a velocidade média nos animais com PM foi maior
(p<0,05). A PM se manifestou na maioria dos potros (10 de 19) na distância de
700 m. Houve diferença na incidência de PM e velocidade média atingida pelos
potros de acordo com o treinador. Os potros mais rápidos apresentaram maior
incidência de PM. Nas radiografias foi avaliada a córtex dorsal (CD) do McIII e
mensurada a espessura da CD, córtex palmar e zona medular para determinação
do índice radiológico (IR). Não foram observadas alterações radiológicas na CD
do McIII nos potros que manifestaram periostite metacarpiana dorsal (PM)
aguda. O aumento da espessura média da CD direita nas oito avaliações foi de 0,82mm e da CD esquerda foi de 0,49mm nos McIII que dos produtos que
permaneceram sadios, e de 1,16mm e 1,96mm, respectivamente, nos que
manifestaram PM. Nos McIII que não apresentaram PM o IR direito na primeira
avaliação foi 2,00, alcançando 2,50 na oitava avaliação e o esquerdo variou de
2,30 a 2,57. Nos McIII que manifestaram PM o IR direito iniciou em 2,20
alcançando 2,70 na oitava avaliação e o esquerdo aumentou de 2,07 a 3,00. A
variação tanto da CD como do IR entre as avaliações foi significativa (p<0,05).
Porém, apenas o aumento de espessura da CD entre os McIII sem alterações e os
que manifestaram PM foi significativa (p<0,05). O aumento mais acentuado da
CD foi observado sempre na avaliação anterior aquela em que foram detectados
os sinais clínicos de PM. Os fatores que favoreceram a manifestação de PM
foram a velocidade média elevada sobre distâncias maiores, como os 700m, e o
treinador. A mensuração da CD pode ser utilizada como um método diagnóstico
precoce permitindo a sua prevenção.
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