dc.description.resumo | Não é mais uma opção! Infelizmente, o Estado não dá conta de seus deveres de garantir - entre outros - saúde, educação, bem-estar social, saneamento básico, desenvolvimento cultural e socioeconômico a todos e todas. Por isso,cabe também às organizações fazerem frente às questões socioambientais. E mais do que serem reativas diante do risco de falta de matéria- rima, por exemplo, é terem a responsabilidade como valor, atitude e compromisso, não apenas sendo responsável guiada por interesses financeiros como também oferecer um ambiente de trabalho salubre às pessoas, promover a equidade de gênero, a inclusão e a integração de pessoas com deficiência, pessoas transgêneras e pessoas negras em seus quadros, transformar positivamente a realidade das comunidades em que estiverem inseridas e preservar a biodiversidade. Esses são alguns exemplos dos inúmeros temas socioambientais que ainda carecem de atenção e ação pelas organizações e também de debate em sociedade, tendo em vista que é preciso consciência, comprometimento e altruísmo para tratá-los de forma ética, sem negligenciá-los ou transformá-los em meras estratégias mercadológicas. Isso por que ainda hoje vemos discursos e práticas organizacionais ligadas à responsabilidade socioambiental artificiais,incoerentes ou meramente comerciais.
Nesse sentido, as Relações Públicas possuem papel preponderante no processo, uma vez que visam gerir e aprimorar os relacionamentos organizacionais na direção da sustentabilidade da organização - para que esta continue a produzir, empregar e desenvolver uma comunidade, uma região ou um país - mas também no sentido de promover o desenvolvimento social, a redução das desigualdades e da criminalidade, a preservação dos recursos naturais. Na teoria, as Relações Públicas são consideradas um apoio ao subsistema de responsabilidade social (KUNSCH, 2003). Segundo Kunsch (2003), as Relações Públicas têm uma função social e contribuem para que as organizações exerçam o seu papel na construção da cidadania, por meio de parcerias com o poder público e o terceiro setor. Em suma, as Relações Públicas tratam-se também de uma instância proativa de aconselhamento dos gestores,para além da preocupação com a imagem e a reputação, com vistas a considerar o entorno como parte vital da organização e de promover mudanças pragmáticas rumo à mudança de mentalidade e uma “virada de chave”, que não priorize os mesmos modelos gerenciais e de negócios com práticas voltadas apenas para o lucro. | por |