Panorama da descarbonização na produção de misturas asfálticas a quente
Resumo
O setor de transportes é um dos que mais leva uma região ao seu desenvolvimento
e, por esse motivo, tem um forte poder de influência na economia mundial. A rede
rodoviária, atualmente parte principal dentre os sistemas de transporte do Brasil,
além de fornecer mobilidade para a sociedade, contribui significativamente nos
impactos ambientais, tanto durante a construção de uma estrada, quanto na sua
operação e manutenção. Pouco se fala sobre a emissão de gases do efeito estufa
(GEE), como o dióxido de carbono, ou gás carbônico, nas etapas de produção de
insumos e da construção de uma estrada. O Brasil é o sexto colocado entre os
países com maiores emissões de gases do efeito estufa, com média de 3% do total
mundial, de acordo com o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções
de Gases do Efeito Estufa). A produção da mistura asfáltica usinada a quente, que é
comumente utilizada na construção e na manutenção da camada de revestimento de
pavimentos, emite grandes quantidades de gás carbônico. Dessa maneira, cabem
estudos para a criação de ferramentas de análise de impactos ambientais na
construção dos pavimentos e na produção de insumos para tal, assim como para
propor soluções mitigadoras dos impactos negativos e maximizadoras dos impactos
positivos na natureza. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é apresentar um
panorama mundial e, especialmente, brasileiro, acerca da preocupação com a
emissão de gás carbônico na produção de misturas asfálticas para uso em
revestimentos de pavimentos, e propor práticas sustentáveis para reduzir as
emissões. Além disso, pesquisar e informar a respeito da pegada de carbono, das
compensações de carbono equivalente e do mercado de créditos de carbono,
relacionando com o setor da pavimentação, mais especificamente, com a produção
de misturas asfálticas. Ao final do presente trabalho, pode-se concluir que o
envolvimento da economia mundial na estabilização de mercados de créditos de
carbono pode ser uma solução para atingir o equilíbrio de emissões de GEE. A
utilização de outros tipos de asfalto, produzidos a partir de misturas asfálticas
mornas e semimornas, também é solução para reduzir a pegada de carbono. E, por
fim, a utilização de materiais como a casca de arroz, para separar o gás carbônico
emitido em usinas de produção de energia, contribui para geração de energias mais
limpas, podendo ser aplicada nas usinas de misturas asfálticas e nas etapas de
construção dos pavimentos asfálticos.
Coleções
- TCC Engenharia Civil [249]
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