A pandemia de Covid-19 e inflação no Brasil: desafios para o poder de compra da população
Resumo
O Brasil, apesar de ter experienciado a estabilidade da moeda, com a implementação
do Plano Real, tem um histórico inflacionário longo e complexo. Recentemente, com
a elevação do nível geral de preços no período pandêmico, as incertezas sobre os
rumos da economia brasileira cresceram. Nessa conjuntura, o presente estudo tem
como objetivo estudar os altos índices inflacionários no Brasil a partir de 2020 e suas
consequências para a população, especialmente em relação ao poder de compra.
Para isso, realizou-se pesquisa bibliográfica e documental, além da avaliação de
dados empíricos sobre inflação, preços e renda, através de dados coletados de sites
como: IBGE, IPEA, FGV e DIEESE. Percebeu-se que índices inflacionários elevados,
situados acima do limite de tolerância da meta inflacionária vigente, têm implicações
em vários âmbitos, desde a elaboração de contratos, até no PIB e nas contas
nacionais, gerando desemprego e perda de renda. Sobretudo, a inflação afeta, as
classes de renda mais baixas na economia. Em 2020, apesar de registrar índices
dentro do limite superior da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central do
Brasil, a inflação registrada na categoria de alimentos foi mais de três vezes superior
ao índice geral registrado neste mesmo ano, implicando em potencial perda de renda
para as famílias situadas nas classes sociais inferiores da população. Nos anos 2021
e 2022, durante a pandemia, a taxa de inflação geral sofreu consideráveis variações
e abrangeu 10,06% a.a., índice muito superior à meta estabelecida em 2021. Entre os
efeitos, cita-se ampliação da insegurança dos agentes econômicos, redução do poder
de consumo da população de baixa renda, oque permite inferir que a instabilidade do
nível de preços contribui para a retração do PIB nacional.
Coleções
- TCC Ciências Econômicas [134]
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