Taxas evolutivas, disparidade e ecomorfologia da mandíbula de marsupiais americanos
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Data
2021-08-30Primeiro coorientador
Bubadué, Jamile de Moura
Primeiro membro da banca
Maestri, Renan
Segundo membro da banca
Lessa, Leonardo Guimarães
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os marsupiais americanos constituem um grupo diverso de mamíferos que estão distribuídos
ao longo de todo o continente. Atualmente as suas mais de ~120 espécies são classificadas em
3 ordens principais (Paucituberculata, Microbiotheria e Didelphimorphia). Devido à sua grande
diversidade, o grupo é foco de numerosos estudos evolutivos, dentre os quais pode-se constatar
que essas espécies possuem um alto grau de integração morfológica em suas estruturas
cranianas. Todavia, os os padrões adaptativos do grupo ainda estão pouco claros. Como a grande
maioria dos marsupiais americanos possuem hábitos noturnos e solitários, o estudo dos seus
comportamentos de forrageio em ambiente natural é desafiador. Pesquisadores tem buscado
descrever hipóteses de dieta com base em diferentes metodologias. Contudo, a relação
morfofuncional da mandíbula dos marsupiais americanos com as principais hipóteses de dieta,
sobretudo as mais recentes, ainda não foi amplamente estudada. Neste estudo, alto efeito do
hábito alimentar no tamanho da mandíbula dos marsupiais americanos foi observado, porém
não na sua forma. Estudos anteriores constaram que a variabilidade do crânio dos marsupiais é
fortemente associada com a variação do tamanho (= alometria) tanto intra- quanto
interespecificamente. Essa variabilidade morfológica alométrica pode auxiliar nas explicações
morfofuncionais do crânio neste grupo. Constatamos que a alometria é um fator importante na
diversidade morfológica do grupo, afetando as taxas evolutivas e de disparidade morfológica
em alguns clados, possivelmente influenciando na heterogenia morfológica encontrada entre os
clados. Além disso, a história biogeográfica dos diferentes clados de marsupiais americanos é
um outro fator importante aqui discutido, que potencialmente explicam a heterogenia dos
valores de taxas evolutivas e disparidade encontrados na forma e tamanho da mandíbula destes
animais. Salientamos a importância da de melhorar a qualidade das hipóteses funcionais em
estudos evolutivos no grupo, levando em consideração as propriedades dos itens alimentares
(dureza e tamanho) consumidos por estes animais.
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