Suplementação de zinco e seu potencial terapêutico e profilático na incidência de distúrbios do paladar e mucosite em pacientes em tratamento quimioterápico: uma revisão sistemática
Fecha
2023-08-31Primeiro coorientador
Dal Pizzol, Tatiane da Silva
Segundo coorientador
Brondani, Juliana Ebling
Primeiro membro da banca
Cruz, Luciane Beitler da
Segundo membro da banca
Lopes, Gilberti Helena Hübscher
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: A quimioterapia é um dos tratamentos mais utilizados em oncologia. Por
ter uma abordagem sistêmica, os quimioterápicos agem não somente nas células
tumorais, mas também nas células sadias, podendo causar efeitos adversos, como
alterações na mucosa oral e no paladar, que podem levar à diminuição da ingestão
diária de nutrientes, contribuindo para o declínio do estado nutricional, piora da
qualidade de vida e risco de interrupções no tratamento. A suplementação de zinco é
uma das opções terapêuticas que têm sido estudadas como profilaxia e tratamento da
mucosite e dos distúrbios do paladar. Objetivo: Avaliar o potencial terapêutico e
profilático da suplementação de zinco na mucosite e nos distúrbios do paladar em
pacientes em tratamento quimioterápico. Metodologia: Revisão Sistemática (RS) de
Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) que avaliaram o efeito da suplementação de
zinco em pacientes ≥18 anos, em tratamento quimioterápico, considerando os
desfechos: mucosite e distúrbios do paladar. Os artigos foram pesquisados nas bases
eletrônicas: MEDLINE, EMBASE, CENTRAL, LILACS e Web of Science. A seleção
dos estudos foi realizada com auxílio de um software gerenciador de referências e o
processo de avaliação da qualidade metodológica por meio de uma ferramenta de
avaliação de risco de viés preconizada pela Cochrane, sendo ambos os processos
realizados de forma independente, por três revisores. Resultados: Encontrou-se 322
estudos na busca inicial, os quais resultaram em 3 ECR elegíveis, totalizando 313
pacientes. Houve grande heterogeneidade em relação à amostra de participantes,
intervenção (posologia e duração) e ferramentas de avaliação dos desfechos. Os
estudos utilizaram de 2 a 3 cápsulas de sulfato de zinco de 220mg ao dia, com
períodos e fracionamentos diferentes. Em um dos estudos o placebo utilizado foi
multivitamínico, enquanto nos outros dois, cápsulas sem propriedade farmacológica.
Em geral, foi observada uma tendência do sulfato de zinco em reduzir a incidência e
gravidade da mucosite oral em pacientes durante a quimioterapia, entretanto apenas
um estudo confirmou a hipótese de que a suplementação previne a incidência de
mucosite (p<0,05). Conclusão: Embora exista uma tendência do sulfato de zinco
reduzir a incidência da mucosite, não há evidências suficientes para afirmar seu uso,
bem como sua posologia.
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