Efeitos do resveratrol na sinalização purinérgica em camundongos expostos ao alumínio
Visualizar/ Abrir
Data
2023-09-12Primeiro coorientador
Reichert, Karine
Primeiro membro da banca
Loro, Vania Lucia
Segundo membro da banca
Baldissarelli, Jucimara
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O alumínio (Al) é um composto encontrado na natureza, e é largamente utilizado a nível industrial, o que faz com que os seres humanos estejam diariamente expostos a ele. Devido a sua capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, ele pode se acumular no cérebro em regiões do hipocampo e córtex, por isso tem sido associado a neurodegeneração. Estudos anteriores sugerem que combinado com o citrato (CIT), sua absorção e, portanto, seus efeitos tóxicos são ampliados, favorecendo o surgimento de patologias como a doença de Alzheimer (DA). A DA é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que leva a perda de memória gradual. A relação entre Al e neurotransmissão purinérgica é recente, por isso torna-se necessário o estudo de métodos alternativos que possam atuar protegendo contra possíveis estados patológicos. O uso de substâncias naturais com propriedades antioxidantes tem se destacado, nesse contexto, o resveratrol (RSV) tem capacidade anti-inflamatória amplamente relatada, além de ser um potente ativador da família das Sirtuinas, tendo sido utilizado como antioxidante e neuroprotetor quando se trata da DA. Seu mecanismo de neuroproteção ainda não foi totalmente elucidado, dessa maneira, o estudo das sinalizações purinérgicas e oxidantes/antioxidantes torna-se essencial. Nesse estudo, 60 camundongos swiss machos foram divididos em 6 grupos (Controle, CIT, RSV, Al, Al+CIT e Al+RSV) e tratados durante 30 dias, a cada 48 horas. Por meio de análises comportamentais (Teste de campo aberto, Reconhecimento de objetos e Y maze), foi possível identificar a redução da memória de curto e médio prazo em Camundongos Swiss intoxicados com Al, bem como o aumento de ansiedade nesses camundongos. Também foi possível observar os efeitos protetores do RSV frente a intoxicação por Al, tanto na redução da ansiedade quanto na melhora da memória dos camundongos. As análises enzimáticas (NTPDase, 5’-NT e ADA) mostraram a atividade inflamatória desencadeada pelo Al, por meio do aumento da hidrólise de ATP no grupo intoxicado, enquanto que o RSV desempenhou efeito anti-inflamatório, reduzindo a hidrólise desse nucleotídeo. No caso da ADA, também observamos modulação positiva da atividade dessa enzima no mecanismo inflamatório desencadeado pelo Al, bem como a neuroproteção exercida pelo RSV. As análises de Western Blot (A1, A2A, P2X7, NRLP3 e BDNF), confirmaram o envolvimento do Al nos mecanismos inflamatórios relacionados a patologia da DA e a neuroproteção exercida pelo RSV nesses receptores. Com esse estudo, concluímos que o Al atua desencadeando processos inflamatórios no organismo dos camundongos, prejudicando a memória e causando estados ansiogênicos graves, e o RSV tem a capacidade de remediar esses danos causados pelo Al, atuando como neuroprotetor, melhorando a memória dos camundongos e reduzindo as atividades inflamatórias.
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: