Associação entre marcadores bioquímicos, oxidativos e autopercepção de sequelas funcionais relacionadas à infecção por SARS-CoV-2 na pessoa idosa
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Data
2023-10-05Primeiro coorientador
Mastella , Moisés Henrique
Primeiro membro da banca
Barbisan, Fernanda
Segundo membro da banca
Teixeira, Cibele Ferreira
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Mostrar registro completoResumo
Introdução: A pandemia do Coronavírus Disease 2019 (COVID-19) estabelecida em 2020 atingiu todos os países do mundo incluindo o Brasil. Especialmente os Estados da Região Norte, no Amazonas ocorreu grande impacto inicial desta doença, sendo a população idosa a faixa etária mais atingida. O estado do Amazonas apresentou uma alta taxa de mortalidade e aparecimento de formas mais graves da doença em pessoas idosas com idade inferior as relatadas em demais estados. Estes resultados sugeriram que a população idosa do Amazonas poderia apresentar uma maior prevalência de desenvolvimento de sequelas deixadas pela doença. Considerando que a COVID-19 é considerada em última análise um estado de hiperinflamação é possível que tais sequelas estejam associadas ao estabelecimento de quadros oxidativos e metabólicos crônicos e passiveis de serem identificados através da análise de marcadores sanguíneos. Objetivo: analisar a associação entre marcadores bioquímicos, oxidativos e autopercepção de sequelas funcionais relacionadas a infecção por SARS-CoV-2 em pessoas idosas. Metodologia: Um estudo longitudinal prospectivo, com seis meses de acompanhamento. Conduzido na cidade de Manaus-AM, utilizando uma amostra oportunística de 55 idosos com histórico prévio de infecção por SARS-CoV-2, selecionados na Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI). Inicialmente foi aferido seus sinais vitais e aplicado uma anamnese via entrevista estruturada, logo foi realizado um levantamento socioeconômico e demográfico da população do estudo, e aplicação de um instrumento de pesquisa para análise do Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20). Em uma segunda etapa foi realizado o desenvolvimento e aplicação de uma escala de autorrelato do tipo Likert com objetivo de avaliar a ocorrência, tipo e gravidade de sequelas funcionais relacionadas a COVID-19 em idosos e em conjunto uma coleta de sangue venoso para realização de análises laboratoriais bioquímicas e oxidativas. Resultados: Nossos dados indicam que uma proporção significativa de idosos sobreviventes à COVID-19 autorrelatou a ocorrência e persistência de sequelas funcionais que geram um impacto negativo em sua saúde após a infecção, destacou-se a persistência de sintomas, como tosse, falta de ar e alterações nas condiçoes física e mental, presença de fadiga, dificuldades de mobilidade e mudanças no apetite e peso. E a associação das sequelas observadas a marcadores bioquímicos como alterações em níveis de glicose, colesterol e outros indicadores já nos marcadores oxidativos foi observado um aumento na peroxidação lipídica a longo prazo. Conclusão: Uma parcela significativa de idosos que sobreviveram à COVID-19 autorrelataram a presença e persistência de sequelas funcionais que geram impacto negativo em sua saúde pós-infecção. Este estudo oferece uma visão mais profunda dos efeitos a longo prazo da COVID-19 sobre a população idosa destacando a importância de um acompanhamento de saúde de longo prazo para essa população, incluindo intervenções que visam melhorar a qualidade de vida e gerenciar sequelas persistentes.
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