O efeito de concussões recorrentes no comportamento neuropsiquiatrico em camundongos submetidos a um protocolo de exercício físico de alta intensidade
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Data
2023-11-08Primeiro membro da banca
Rambo, Leonardo Magno
Segundo membro da banca
Oliveira, Mauro Schneider
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Mostrar registro completoResumo
O traumatismo cranioencefálico (TCE) acomete milhões de pessoas no mundo todo, sendo uma das principais causas de incapacidade e morte, sendo que traumatismo leve ou concussão compõe mais de 50% dos casos de TCE. A concussão é um evento comum nos esportes de colisão e parece estar associada ao desenvolvimento de distúrbios de longo prazo em atletas e ex-atletas. O presente estudo foi elaborado com intuito de investigar quais alterações comportamentais ocorrem após um protocolo de concussões recorrentes associadas à indivíduos treinados. Foram utilizados camundongos Swiss machos foram utilizados. Ainda, utilizou-se um modelo de TCE por queda livre de peso, juntamente com um modelo de corrida exaustiva em rampa, com intuito de mimetizar atletas de elite nos esportes de contato. Após a última sessão de exercício e indução do trauma, os animais foram submetidos à avaliação comportamental e eutanásia para remoção do córtex cerebral. Os resultados indicaram que camundongos submetidos a um modelo de concussão relacionada a esportes apresentam comportamento do tipo impulsivo e incapacidade de manter a intensidade de corrida, discutido aqui como a latência à fadiga. Além disso, as análises moleculares sugerem que o aumento da atividade neurobiológica, indicado pelo aumento dos níveis de BDNF e atividade da enzima Na+,K+-ATPase, assim como o desbalanço redox, possivelmente respondem pelas alterações comportamentais evidenciadas agudamente no presente modelo de concussão associada ao esporte. Não obstante, uma diminuição do receptor TrkB foi observada. Todas essas alterações independem de alterações na enzima mieloperoxidase. Finalmente, alterações nos níveis de GAD67 sugerem que concussões recorrentes induzem respostas cerebrais que não são observadas quando associadas ao exercício extenuante, dessa forma orientando o córtex cerebral para um estado mais excitado, o que explica parcialmente nossos resultados comportamentais.
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