Desinfecção de água superficial com o uso de reator ultravioleta de bancada
Resumo
Muitas doenças de veiculação hídrica são acarretadas por conta do mal tratamento da água. Uma das alternativas para a desinfecção da água superficial seria com o uso de agente físico: radiação ultravioleta. A desinfecção por meio da radiação ultravioleta constitui um procedimento que dispensa a introdução de substâncias químicas na água. A desinfecção não visa à destruição de todas as formas de vida, mas sim à inativação dos microrganismos patogênicos. Por isso, o objetivo deste trabalho é estudar a desinfecção de água superficial através do uso de reator ultravioleta de bancada visando melhoria de qualidade da água para comunidades desprovidas de sistemas de abastecimento, uma alternativa que passa a crescer com o passar dos anos e só se mostra cada vez mais eficiente em relação à inativação de microrganismos patogênicos ao ser humano. O trabalho foi realizado na Universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen, com a utilização de água superficial retirado de um lago próximo à Universidade. As variáveis químicas e físicas relacionadas à qualidade da água para consumo humano utilizadas no trabalho foram: pH, Temperatura, Turbidez, Condutividade elétrica, ABS 254 nm, Cor aparente e verdadeira e Carbono Orgânico Total (COT), já as variáveis microbiológicas foram: Coliformes totais, Escherichia coli e Esporos de Bactérias Aeróbias (EBA). Foram realizados três ensaios em batelada e escala de bancada, com doses de: 1,68 (D1), 3,35 (D2), 5,04 (D3) e 6,72 (D4) Wh/m³. Com relação às variáveis físico-químicas, não se observaram mudanças no decorrer do processo, a partir da aplicação das diferentes doses de radiação. As inativações dos microrganismos obtiveram valores razoáveis, dado que a água não continha muitos sólidos suspensos, porém os valores de inativação para EBA não foram altos ( 0,52 log de inativação), isto se deve pelo tempo de contato ser curto, E. coli e Coliformes totais também não tiveram valores significativos de inativação, sendo 0,88 log de inativação para E. coli, o maior valor encontrado, equivalente a 87%, para dose D2, já para coliformes totais o 0,84 log de inativação, 85%, também na dose D2. Conclui-se então que são necessários maiores tempos de contato para melhores valores de inativação e que o uso combinado de métodos de desinfecção também seria uma solução para melhor sucesso na inativação de microrganismos.
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