Parâmetros De Estresse Oxidativo E Metabolismo De Purinas Em Coração De Ratos Tratados Com Quercetina Em Um Modelo Depressão-Like
Resumo
Objetivo: A desordem depressiva maior, mais conhecida como depressão, um
transtorno que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, vem sendo associada,
no âmbito bioquímico com o aumento do estresse oxidativo e a ativação das vias
inflamatórias, e tais parâmetros podem vir a gerar problemas cardiovasculares. A
quercetina, um flavonoide facilmente encontrado em diversas plantas presentes na
alimentação humana diária, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Com isso, esse composto poderia vir a ser um adjuvante para o tratamento de tais
complicações.
Métodos: 30 ratos Wistar machos (n=30) foram divididos aleatoriamente em 6
grupos, induzidos ao estresse de contenção e tratados com quercetina e
tranilcipromina. Após 45 dias de tratamento os animais foram eutanasiados, e foram
avaliados parâmetros de estresse oxidativo e o metabolismo de purinas no tecido
cardíaco.
Resultados: Os resultados mostraram um aumento significativo nos níveis de TBARS
no grupo submetido ao estresse, indicando uma resposta exacerbada ao estresse
depressivo, enquanto a quercetina demonstrou eficácia em atenuar esse aumento. A
atividade da CAT aumentou no grupo estresse, sugerindo uma resposta adaptativa,
a atividade também se elevou no grupo tratado com quercetina 50 mg/kg, em
comparação com o grupo controle e estresse como possível efeito antioxidante. A
hidrólise de ATP e ADP apresentou aumentos no grupo estresse, associando-se a
processos inflamatórios e doenças cardiovasculares, com a quercetina demonstrando
redução significativa nos níveis de hidrólise de ATP. A elevação na atividade da ADA
no grupo estresse destaca a possível depleção de adenosina, contribuindo para
alterações no sistema purinérgico.
Conclusão: Este estudo fornece novas perspectivas sobre os efeitos potenciais da
quercetina em um modelo de depressão-like em ratos, indicando sua capacidade de
modular o estresse oxidativo e o metabolismo de purinas no coração. Os resultados
apontam para a relevância terapêutica da quercetina, destacando a necessidade de
investigações mais aprofundadas para compreender totalmente seus mecanismos de
ação e validar seu potencial terapêutico em contextos clínicos específicos