Ser ou estar: revisitando a concepção de mulher em movimentos feministas brasileiros
Fecha
2023-11-30Primeiro membro da banca
Borges, Zulmira Newlands
Segundo membro da banca
Picolotto, Everton Lazzaretti
Terceiro membro da banca
Álvaro, Mirla Cisne
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho tem como tema a concepção de mulher em movimentos feministas brasileiros
com articulação nacional e como objeto de pesquisa as disputas teóricas e políticas acerca disso.
Existem diversas pesquisas que se referem a(s) mulher(es), entretanto, normalmente esse
entendimento é apresentado de forma subjacente, em análises feministas sobre a organização
social patriarcal, capitalista e racista. Está, portanto, quase que subentendido. Apesar disso,
poucas são as obras que se dedicaram a explicar, afinal, qual é a concepção de mulher,
principalmente no último século. Portanto, o problema que se pretende responder é: qual é a
atual concepção de mulher em movimentos feministas brasileiros que se articulam
nacionalmente? Destarte, o objetivo geral deste estudo é investigar a concepção de mulher
nesses movimentos. Já os objetivos específicos são: (1) discutir teoricamente acerca dos
conceitos de sexo, gênero e identidade e como eles se articulam, refletindo sobre suas
contradições e aproximações; (2) estruturar o debate a partir da problematização da estrutura
capitalista, racista e patriarcal, dissertando acerca de suas correlações e consequências e (3)
entrevistar lideranças de movimentos feministas brasileiros com articulação nacional para
compreender suas perspectivas sobre a concepção de mulher. Quanto à metodologia, possui
como abordagem do procedimento científico o materialismo histórico-dialético, com base na
entrevista semiestruturada para coleta de dados empíricos, na Análise de Conteúdo (AC) e na
Análise de Discurso (AD). Desse modo, está organizado, entre introdução e considerações
finais, em três capítulos: I) Considerações teórico-metodológicas; II) Sexo, gênero e identidade:
encontros e desencontros; III) Práxis feminista: quem não se movimenta, não sente as correntes
que a prendem. Por fim, analisou-se os resultados encontrados através da transcrição das
entrevistas, sob as lentes da AC e da AD, com base em três categorias macro de análise: sexo,
gênero e militância. Conclui-se que a concepção de mulher, no que tange a identidade feminina,
é construída pelo patriarcado através das delimitações comportamentais de gênero, com base
na classificação binária dos sexos é, portanto, ser objeto de opressão patriarcal. A concepção
de mulher que pertence a esse grupo demonstrou ser aquela que é fruto da resistência aos
enquadramentos patriarcais, ou seja, a que insurge através do processo de militância feminista.
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