Associações entre saúde mental e aptidão física em estudantes universitários: análises transversais do estudo piloto da coorte Unilife-M
Fecha
2024-01-31Primeiro coorientador
Tornquist, Debora
Primeiro membro da banca
Oliveira, Clarissa Tochetto de
Segundo membro da banca
Pires, Daniel Alvarez
Terceiro membro da banca
Pedrosa, Gustavo Ferreira
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Existe uma alta prevalência de sintomas de ansiedade e depressão em estudantes
universitários. A aptidão física parece estar associada com saúde mental na
população em geral, e a combinação de testes de aptidão física parecem exercer um
efeito aditivo na proteção contra problemas de saúde mental. No entanto, ainda é
desconhecida se esta associação pode ser extrapolada para estudantes, uma
população jovem, mas na faixa etária de pico de incidência para o surgimento de
problemas mentais. O presente estudo objetivou avaliar as associações transversais
entre sintomas de ansiedade e depressão e aptidão física geral em estudantes
universitários (≥18 anos) de seis universidades brasileiras. Os voluntários participaram
de uma survey online e de testes de aptidão física. A saúde mental foi avaliada em
dois níveis: 1) Escala Transversal de Sintomas de Nível 1 do Manual de Diagnóstico
e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-5) e 2) participantes com escore
leve ou maior para sintomas de ansiedade ou depressão responderam aos
instrumentos de nível 2, por meio do General Anxiety Disorder-7 (GAD-7) e do Patient
Health Questionnaire-9 (PHQ-9), respectivamente. A aptidão física foi avaliada
através dos testes de preensão manual, salto vertical e 20m Shuttle run test. Os
valores de cada teste foram classificados a partir da mediana para cada sexo, em
baixa e alta aptidão física. Uma variável para aptidão física geral, agrupando
indivíduos que atingiram a mediana em 1 ou dois e três testes e uma variável quanto
à coocorrência de sintomas de ansiedade e depressão foi criada. As associações
foram testadas por Regressão de Poisson com variância robusta. A amostra foi
composta por 196 universitários (52,63% mulheres; mediana de idade=21).
Estudantes acima da mediana em 2 ou 3 testes de aptidão física tiveram menor
probabilidade de apresentar sintomas depressivos (RP= 0,53; 95%IC= 0,33 – 0,84;
p=0,006) do que estudantes com baixa aptidão física. Estudantes que saltaram acima
da mediana da amostra tinham um risco menor de apresentar sintomas depressivos
(RP= 0,65; 95%IC= 0,44 – 0,97), separadamente. Estudantes com maior aptidão física
geral apresentaram menor probabilidade de apresentar a coocorrência de sintomas
de sintomas de ansiedade e depressão (RP= 0,43; 95%IC= 0,26 – 0,71). Maiores
níveis de aptidão física geral estão associados com menor probabilidade de
ocorrência de sintomas de depressão em estudantes universitários. Entretanto, os
resultados apresentados são baseados em dados transversais, impossibilitando
estabelecer relações causais.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: