A vida emaranhada: a (re)materialização das ausências por meio dos objetos de família
Fecha
2024-02-20Primeiro membro da banca
Vecchioli, Virginia Susana
Segundo membro da banca
Santos, Miriam de Oliveira
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Partindo de uma camisola que pertenceu a minha avó é que a presente pesquisa foi
desenvolvida, tecida e se tornou um texto. Minha grande questão de pesquisa era:
Como se desenvolvem e se mantém as relações entre pessoas por meio [e com] as
coisas que são transmitidas e herdadas dentro das redes familiares às quais
pertencem? O que faz com que guardemos coisas que já não podemos usar? Na
busca por esclarecer, pelo menos em parte, essas questões, realizei uma etnografia
com observação participante e participação observante em minha própria rede
familiar, de modo que minhas interlocutoras foram: minha mãe e suas irmãs, minhas
tias. Por meio do trabalho de campo, das falas, dos silêncios, dos momentos rituais, é
possível perceber que todas estas mulheres se relacionam de um modo ou de outro
com suas coisas, em especial, com coisas que foram deixadas por pessoas que já
não vivem. Esses objetos e pertences podem ser definidos como portadores de mana,
de ancestralidade e pertencimento. Reservam poderes, em especial o de invocar
memórias e narrativas. Trata-se, portanto, de objetos que trazem vida [e ganham vida
por meio das] às trajetórias individuais e familiares.
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