Predição do escore sage para rigidez arterial elevada em pacientes com diagnóstico ou suspeita de apneia obstrutiva do sono: um estudo transversal
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Data
2024-01-25Primeiro coorientador
Chagas, Patrícia
Primeiro membro da banca
Saffi, Marco Aurélio Lumertz
Segundo membro da banca
Santos, Daniela Lopes dos
Metadata
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Introdução: A rigidez arterial (RA) tem sido analisada em diferentes grupos populacionais por
meio da velocidade de onda de pulso (VOP). Diversos estudos evidenciaram associação entre
apneia obstrutiva do sono (AOS) e o aumento da RA. A avaliação da RA em indivíduos com
suspeita de AOS representa uma oportunidade para identificar precocemente lesões
subclínicas. A VOP pode ser realizada por método oscilométrico. Apesar da natureza não
invasiva do exame, sua implantação na prática clínica é ainda pouco realizada. O escore
SAGE é uma ferramenta clínica com boa capacidade preditiva para determinar valores de
VOP ≥ 10 m/s, usando dados de fácil obtenção (pressão arterial sistólica, idade, glicose em
jejum, e taxa de filtração glomerular estimada). Ainda não existem dados de avaliação desse
escore em pacientes com AOS ou suspeita dessa comorbidade. Objetivo: Estabelecer relação
preditiva para VOP ≥ 10 m/s em pacientes com diagnóstico ou suspeita de AOS, utilizando o
escore SAGE. Método: Estudo transversal em indivíduos de ambos os sexos em
acompanhamento em serviço privado de cardiologia no município de Santa Maria, e que
realizaram polissonografia tipo 4 devido à suspeita diagnóstica de AOS. As informações
foram obtidas no período de agosto de 2019 a agosto de 2023. A medição da VOP ocorreu por
meio de dispositivo oscilométrico validado (DynaMapa AOP®). A avaliação de AOS foi feita
por polissonografia tipo 4 domiciliar (BiologixTM). Resultados: Foram avaliados 102
pacientes com média de idade de 60,4±12,4 anos, 62 (60,8%) do sexo masculino, 54 (52,9%)
com obesidade, 29 (28,4%) com diabetes e 80 (78,4%) com hipertensão arterial sistêmica.
Valores médios (ou medianos) da VOP na amostra foram 8,6±1,7 m/s. A classificação de
AOS conforme polissonografia foi: 29 (27,5%) sem AOS, 33 (33,3%) apneia leve, 29 (28,4%)
moderada e 11 (10,8%) acentuada. Na análise da curva ROC, a área sob a curva foi de 0,536
(IC95% 0,423-0,649) (P=0,542), baseada no maior Yuden Index. A habilidade preditiva do
escore SAGE na avaliação do paciente com AOS teve VPP (0,419), VPN (0,679), S (0,775),
SP (0,306). Conclusão: A capacidade preditiva do escore SAGE para determinar rigidez
arterial em pacientes com ou sem AOS não foi estabelecida. Mais estudos sobre o assunto são
necessários para determinar possíveis relações estatísticas entre AOS, VOP e o escore SAGE.
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