Incontinência urinária e fatores associados na população idosa brasileira
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Data
2024-01-17Primeiro coorientador
Medeiros, Paulo Adão de
Primeiro membro da banca
Costenaro, Regina Gema Santini
Segundo membro da banca
Delboni, Miriam Cabrera Corvelo
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Mostrar registro completoResumo
O envelhecimento se caracteriza como processo enquanto que a velhice se caracteriza como uma etapa do desenvolvimento humano que acarreta modificações biopsicossociais. A incontinência urinária (IU) é caracterizada por qualquer tipo de perda involuntária de urina que pode estar associada ou não a esforços. Embora a IU não seja uma consequência direta do envelhecimento, é considerada um grande síndrome geriátrica, pois a sua prevalência e gravidade aumentam ao longo da vida. O objetivo do estudo foi analisar os fatores associados ao autorrelato de IU em pessoas idosas brasileiras. Foi realizada uma pesquisa transversal, documental, realizado a partir da base de dados da primeira onda do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) cujos dados foram coletados nos anos de 2015- 2016. Participou do ELSI-Brasil 9.412 pessoas, sendo 7.935 (84,3%) residentes da zona urbana, respondentes do questionário individual, localizadas em 70 municípios de diferentes regiões do Brasil. Como critério de inclusão para o atual estudo, foram considerados indivíduos a partir de 60 anos de idade que responderam às questões sobre idade, sexo, estado civil, etnia, peso, altura, escolaridade, se tinham ou não diabetes, depressão, fadiga física, qualidade do sono, medida da circunferência da cintura, bem como testes de preensão manual, equilíbrio e velocidade da marcha. Os dados foram considerados com distribuição não normal pelo teste de Kolmogorov- Smirnov. Dessa forma, foram utilizados os testes U de Mann Whitney e Qui-quadrado ou Exato de Fisher para a comparação das características da amostra entre os grupos de idosos com e sem autorrelato de IU. Para as variáveis que apresentaram diferença significativa entre os grupos, foi realizada regressão logística binária com método de inserção backward de acordo com o autorrelato de IU. Os resultados da regressão logística binária foram apresentados em odds ratios (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) sendo o valor p < 0.05 adotado em todos os testes. O programa SPSS foi empregado para análise dos dados. Observou-se que, dos 5.147 idosos (70,16 ± 7,84 anos) apenas 430 (73,30 ± 8,46 anos) apresentam IU. Dentre os principais resultados podemos observar que o grupo com perda urinária é mais velho, com maior circunferência de cintura, com menor força de preensão manual, com menor pontuação de equilíbrio e maior velocidade da marcha. Ainda, de todos que possuem diabetes a maioria possui IU.
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