Test of Masticating and Swallowing Solids (TOMASS): adaptação transcultural e propriedades de medida
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Data
2024-03-25Primeiro coorientador
Bastilha, Gabriele Rodrigues
Primeiro membro da banca
Sugueno, Lica Arakawa
Segundo membro da banca
Pagliarin, Karina Carlesso
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivo: Adaptar transculturalmente o Test of Masticating and Swallowing Solids (TOMASS) para o português brasileiro e avaliar suas propriedades de medida. Métodos: Estudo metodológico, com abordagem qualitativa e quantitativa. Foi realizado um processo sistematizado de tradução e adaptação transcultural, validade de conteúdo, síntese dos tradutores, avaliação por comitê de três juízes especialistas e 12 juízes não especialistas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), tradução reversa para o idioma original e realização de estudo piloto para testar sua confiabilidade e obter evidências de validade de grupos conhecidos. A versão em português do TOMASS foi aplicada em 32 indivíduos, sendo 16 saudáveis e 16 com DPOC recrutados em um ambulatório de reabilitação pulmonar, emparelhados por sexo e idade. Para a confiabilidade teste-reteste, mensurada pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), e mensuração do Erro Padrão de Medida (SEM), TOMASS foi reaplicado pelo mesmo avaliador após 14 dias em todos os participantes. Para confiabilidade interavaliador, mensurada pelo ICC, as aplicações foram gravadas em vídeo e analisadas por mais dois especialistas em disfagia. Para obtenção da validade de construto, as medidas dos dois grupos para os domínios do TOMASS foram comparadas. O tamanho de efeito dos testes foi calculado para assegurar a significância estatística dos resultados. Resultados: Durante a fase de adaptação transcultural, foi necessário substituir o biscoito Nabisco Saltine™ sugerida pela versão original por um biscoito do tipo “água e sal” e adaptar o comando dado para facilitar a compreensão dos pacientes. Na validade de conteúdo, o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) foi superior a 0,80 para todos os quesitos, indicando que os juízes apresentaram concordância aceitável. Foi identificada excelente confiabilidade interavaliador e teste-reteste, com ICC superior a 0,95 para todos os domínios do teste e com pequena variação no SEM. Em relação à validade por grupos conhecidos, o grupo DPOC apresentou número de mastigações, deglutições e tempo total significativamente maiores que o grupo saudável (p<0,001, 0,021 e 0,004). Número de mordidas não teve diferença entre os grupos (p=0,121). Conclusão: A versão do TOMASS traduzida e adaptada ao português brasileiro apresenta excelente confiabilidade e possui evidências de validade para avaliar as alterações de alterações da mastigação e deglutição da consistência sólida, sobretudo para indivíduos com DPOC.
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