Fatores genéticos, biofísicos e de manejo que influenciam na concentração de proteína em lavouras de soja no Brasil
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Data
2024-04-05Primeiro coorientador
Streck, Nereu Augusto
Primeiro membro da banca
Ayphassorho, Gonzalo Darío Rizzo
Segundo membro da banca
Battisti, Rafael
Metadata
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Contexto: Espera-se que a demanda por soja de alta qualidade aumente. A composição da soja pode variar devido a fatores genéticos, biofísicos e práticas de manejo. Em particular, os estudos sobre o teor de proteínas ainda estão engatinhando no país. Objetivos: Quantificar os efeitos genéticos sobre a concentração de proteína em sementes e identificar os fatores biofísicos e de manejo que influenciam a concentração de proteína em sementes de soja em diferentes sistemas de produção de soja no Brasil. Métodos: Foram coletadas amostras de soja e dados de localização e manejo da cultura por meio de levantamentos em 194 lavouras de produtores de soja em duas safras (2018/2019; 2022/2023) em onze estados do Brasil. A proteína das sementes foi determinada pelo método de Kjeldahl. Foram utilizadas árvores de regressão, regressões aleatórias florestais e comparações entre campos de alta e baixa proteína para identificar as principais causas de variação nas concentrações de proteína nas sementes de soja. Resultados: As lavouras com maior concentração de proteína foram observadas em cultivares mais velhas lançadas em (2011), com menores produtividades (3082 kg ha-1), semeadura tardia (DOY 313), temperaturas mais elevadas (25,6 °C-1) e menor coeficiente fototérmico (0,79 MJ m-2 d-1 °C-1). Por outro lado, baixa concentração de proteína foi observada em campos com maiores produtividades (4220 kg ha-1), semeadura precoce (DOY 302), menores temperaturas (24,8°C-1) e maior coeficiente fototérmico (0,84 MJ m-2 d-1 °C-1) e cultivares mais novas lançadas em (2016). A árvore de regressão e a floresta aleatória explicaram 58% da variabilidade proteica. Em relação a essa variação explicada, a cultivar (39%) foi o fator mais importante, seguida pela latitude (12%) e época de semeadura (7%). Os ambientes de sequeiro apresentaram maior concentração de proteína das sementes em relação aos campos irrigados. Conclusão: A cultivar foi o fator mais importante que afetou a concentração proteica nas sementes de soja. A época de semeadura foi a prática de manejo com maior variação na concentração de proteína. O ano de lançamento das cultivares, as empresas de melhoramento, a latitude, a temperatura, o coeficiente fototérmico e o fornecimento de água também afetaram a concentração final de proteína das sementes de soja. Significância: Nosso estudo fornece informações úteis para orientar investimentos e aplicar estratégias para produtores, tomada de decisão de processadores e exportadores de todo o complexo soja produzido no Brasil para atender a alta demanda de qualidade.
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