Análise dos efeitos globais de segunda ordem de torção em edifícios de lajes lisas de concreto armado
Visualizar/ Abrir
Data
2024-01-17Autor
Schopf, Carlos Vinicius Veloso
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A utilização lajes lisas, ou seja, de ligação direta entre laje e pilar, tem sido uma solu-ção estrutural cada vez mais adotada em obras no Brasil. A escolha por este tipo estrutura se dá pela simplificação de alguns processos construtivos, tais como o re-corte e execução de formas, escoramento e concretagem. Além disso, a ausência de vigas proporciona uma maior liberdade arquitetônica, já que estes elementos não con-dicionam a posição de paredes ou divisórias. Ademais, evita-se a necessidade de fu-ros em vigas para a passagem de tubulações, evitando retrabalhos e patologias. Con-sequentemente, com a adoção de lajes lisas, há um aumento na velocidade de exe-cução da edificação e uma maior qualidade final. Porém, a estabilidade global é um ponto crítico no dimensionamento deste tipo de edificação, tendo em vista que não há a formação de pórticos realizando o contraventamento, e o equilíbrio da estrutura está condicionado à rigidez das lajes e pilares, somente. A norma brasileira NBR 6118:2023 especifica métodos de avaliação da estabilidade global, e consequente-mente dos efeitos globais de segunda ordem apenas para deslocamentos translacio-nais. Além da falta de recomendação normativa para a consideração de efeitos de torção nas edificações, existem poucos estudos explorando o assunto. Assim, este trabalho analisa, por meio do coeficiente de instabilidade à torção 𝛾𝜃, proposto por Franco (2003), em dez modelos computacionais elaborados com o auxílio do software TQS, simulando edificações de 10 pavimentos. Foram testadas cinco geometrias di-ferentes, com dois modelos para cada configuração, sendo um deles de tipologia es-trutural tradicional, com lajes, vigas e pilares, e outro de lajes lisas, a fim de comparar a diferença no comportamento do parâmetro 𝛾𝜃 nas duas versões de cada versão analisada. Os resultados mostram que as edificações de lajes lisas sofrem um au-mento no coeficiente de instabilidade à torção, ou seja, os efeitos globais de segunda ordem são mais preponderantes neste tipo de estrutura. Além disso, observou-se uma certa constância nos valores de 𝛾𝜃, tanto nos modelos com vigas quanto nos modelos de lajes lisas, indicando que a presença de um núcleo rígido na edificação é um fator preponderante para a estabilidade global, devido a sua alta rigidez.
Coleções
- TCC Engenharia Civil [255]
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: