Influência da estrutura da paisagem e da pegada humana sobre as interações mutualísticas morcego-planta na Mata Atlântica
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Data
2023-09-29Primeiro membro da banca
Batista, Carolina Blefari
Segundo membro da banca
Bugoni, Jeferson Vizentin
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os morcegos são responsáveis por diversos serviços ecossistêmicos, contribuem para a polinização, dispersão de sementes e consomem insetos, tornando-os potenciais controladores biológicos. No entanto, esses serviços vêm sendo ameaçados por conta dos impactos antrópicos no ambiente, que afetam a riqueza de espécies, abundância e as interações morcego-planta e podem desencadear efeitos negativos no funcionamento dos ecossistemas. Por isso, é importante compreender como cada espécie de morcego responde a essas mudanças. Para isso, investigamos a influência dos impactos antrópicos nas interações entre morcegos e plantas para cinco espécies de morcegos: Artibeus lituratus, Artibeus fimbriatus, Carollia perspicillata, Sturnira lilium e Platyrrhinus lineatus. Compilamos redes de interações distribuídas na Mata Atlântica e investigamos a influência da pegada humana, métricas de composição (cobertura florestal) e configuração (densidade de macha e borda) da paisagem e produtividade primária no número de interações, proporção de consumo dos gêneros de plantas preferidos e especialização alimentar dos morcegos. O número de interações de C. perspicillata foi afetado positivamente pela pegada humana, enquanto o número de interações de S. lilium foi afetado negativamente. Platyrrhinus lineatus teve o número de interações afetado negativamente pela densidade de borda. As demais espécies não tiveram suas interações afetadas por nenhuma variável preditora analisada. Algumas espécies parecem ser mais sensíveis aos impactos humanos, enquanto outras não tiveram suas interações afetadas, pois conseguem persistir em ambientes alterados devido a características do uso do habitat e dieta generalista, além de possuírem preferência alimentar por espécies de plantas que estão presentes em locais mais degradados e estágios iniciais de sucessão. Salientamos que essas espécies são fundamentais para manter a regeneração florestal em ambientes perturbados.
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