Plano integrado para o Centro Histórico de Santana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai)
Resumo
Santana do Livramento e Rivera contradizem a tendência de um mundo murado, sendo municípios do Brasil e do Uruguai respectivamente, cujo contíguo urbano borra a linha divisória. Seus sistemas de elementos morfológicos (SANTOS, 1996, p.39) como quadras; ruas; edificações, estão fixos de um ou de outro lado do limite entre os países, enquanto o sistema de ações (SANTOS, 1996, p.39) atravessam a fronteira, tendem a aproximá-las. Assim são cidades gêmeas, municípios cortados pela linha da fronteira, com demandas específicas, mas cuja integração cultural e econômica é tamanha que as tornam peças chaves para integração latino-americana (BRASIL, 2014). A proximidade evidente entre as cidades vizinhas, aliado ao isolamento em relação às outras partes de seu próprio país, geram particularidades, dinâmicas próprias, múltiplas identidades e codependência entre as cidades, o que oportuniza a criação de planos de desenvolvimento conjuntos (XAVIER; NANTES; OLIVEIRA, 2020, p. 899-901). Nesse sentido, a proposta consiste na articulação de intervenções e propostas com intuito de integrar e reabilitar os centros urbanos de Santana do Livramento e Rivera. Aqui a reabilitação é entendida como prática que reconhece “o valor da história da cidade e do homem enquanto ser cultural” (VASCONCELLOS; MELLO, 2015, p.71), sem congelar ou retroceder à cidade antiga, mas em busca de valorizar as diversidades e potencialidades do local a partir da valorização da paisagem urbana e do melhoramento da qualidade de vida da comunidade, aliada a preocupações ecológicas e de resiliência urbana (LISBOA, 1995).
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