A visão fria do horizonte: o gaúcho na estética do frio
Abstract
Este artigo apresenta uma análise em formato de ensaio acerca da emergência e legitimação da
identidade gaúcha através da perspectiva de uma estética do frio que retoma o tema desde uma
perspectiva fenomenológica que sugere uma conjunção holística entre as diferentes acepções
históricas associadas ao gaúcho como sujeito histórico, mito fundador e gentílico institucional,
conforme apresentada pelo músico e escritor Vitor Ramil. O trabalho apresentará argumentos
para a consideração do objeto como argumento antropológico que desafia e reconcilia a ossatura
histórica da identidade gaúcha, esquematizando seus elementos em uma topologia geral e
estabelecendo conexões entre ele e escolas antropológicas da ecologia e do imaginário, focadas
especialmente nos trabalhos de Georg Simmel, Tim Ingold e Gilbert Durand, procurando
estender suas possibilidades e desdobramentos para o debate do tema. Por fim, sugerimos
caminhos posteriores de análise e expansão dos estudos sobre o frio como eixo simbólico de
uma relação cultural do gaúcho consigo e com o mundo que o cerca.
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