Somos fruto da nossa socialização: a influência das crenças pessoais no comprometimento organizacional
Resumo
Não raro, as organizações são acometidas de problemas, que podem ser de natureza interna ou externa, o que podem causar múltiplas conseqüências. Por meio do estudo da relação dos valores pessoais sobre o comprometimento organizacional propõe-se identificar a relação dos valores humanos sobre o comprometimento organizacional de uma amostra de colaboradores de diversas empresas da cidade de Caixas do Sul. O estudo apresenta uma abordagem
predominantemente quantitativa, de natureza descritiva. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi composto por três partes. A parte inicial objetivou identificar o perfil da amostra investigada, a segunda parte, baseada em Meyer, Allen e Smith (1991) buscou verificar aspectos referentes ao comprometimento organizacional e a terceira parte, desenvolvida a partir do estudo de Gouveia (2003) visou identificar os valores humanos. Para análise dos dados foram realizados testes de estatísticas descritivas, numa amostra de 411 colaboradores dos setores da indústria, comércio e serviços da cidade de Caxias do Sul, e assim foram
realizadas correlações entre os valores pessoais e os construtos do comprometimento organizacional e aplicação de modelos de regressão, inclusive análise da média, da mediana e do desvio padrão, também foi realizada a consistência interna dos subsistemas dos valores pessoais e dos construtos do comprometimento organizacional, e da confiabilidade destes a partir dos alphas de cronbach. A relevância do assunto está pautada em pesquisas anteriores
que demonstram a importância dos valores pessoais como mecanismo de explicação de diversos fenômenos sociopsicológicos, assim buscou-se encontrar relações no ambiente de trabalho entre as crenças individuais (valores pessoais) sobre os diversos tipos de vínculos
(comprometimento organizacional) com a organização. Os resultados apontaram que nenhum dos modelos obtidos, apesar de atenderem aos pressupostos estatísticos, apresentou alto grau de explicação, indicando que os valores estudados não contribuem expressivamente para o
entendimento do comprometimento dos trabalhadores.