Análise da competitividade do agronegócio gaúcho (2001-2012)
Fecha
2013-11-19Metadatos
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O objetivo deste trabalho foi o de analisar a competitividade das exportações do
agronegócio gaúcho de fumo, soja em grão e carnes, em relação à China e União Europeia,
durante o período de 2001 a 2012. Para isso, foi utilizado o Modelo Constant Market Share
(CMS) a fim de identificar os principais fatores que contribuíram para a competitividade das
exportações gaúchas de fumo, soja em grão e carnes, bem como, foram calculados os Índices
de Vantagens Comparativas Reveladas, de Orientação Regional, de Cobertura e de
Frequência, para avaliar o comportamento e analisar a tendência de orientação dessas
exportações, e, quantificar os efeitos das barreiras não tarifárias impostas pelos principais
mercados de destino, União Europeia, China e Rússia. Os dados utilizados para o cálculo do
modelo Constant-Market-Share e dos Índices de Vantagens Comparativas Reveladas,
Orientação Regional, de Cobertura e de Frequência, foram coletados junto ao Sistema de
Análise das Informações de Comércio Exterior (ALICE), à Secretária de Comércio Exterior
(SECEX), ao United Nations Commodity Trade Statistics Data base (UnComtrade), e junto à
Organização Mundial do Comércio (OMC). No que tange às fontes de crescimento, tanto para
o fumo, como para a soja em grão e as carnes, os resultados indicaram que o efeito
crescimento do comércio mundial foi o que mais contribuiu para as exportações no primeiro
período, sendo que, para o fumo e as carnes, este efeito continuou preponderante no segundo
período, enquanto que para a soja em grão o efeito que mais contribuiu foi o destino das
exportações. O Rio Grande do Sul apresentou Vantagens Comparativas Reveladas e/ou
competitividade tanto para o fumo, como para a soja em grão e as carnes. A exportação do
fumo está orientada para a União Europeia e China, a da soja em grão para a China e a das
carnes para a Rússia. A China e a União Europeia, ambas impuseram restrições ao comércio
de fumo e de soja em grão, porém, no caso do fumo, a China foi mais restritiva que a UE, e no
caso da soja em grão, a UE foi mais restritiva que a China. No que tange as carnes, a Rússia
não emitiu nenhuma notificação durante o período, enquanto que a UE exerceu um grau de
proteção alto.