Respostas estratégicas ao ambiente institucional e a performance exportadora: o caso dos empreendedores do setor vitivinícola da campanha gaúcha - RS
Resumo
Fazendo uso do aporte teórico da teoria institucional, em especial, os conceitos respostas estratégias, Isomorfismo e empreendedorismo institucional, assim como utilizando as três dimensões da escala experf para analisar a performance exportadora das três vinícolas objetos de estudo, o presente estudo tem como objetivo central verificar quais respostas estratégicas de vinícolas exportadoras da Região da Campanha Gaúcha-RS lançam frente as pressões do ambiente institucional visando aumentar suas performances exportadoras. Caracterizada como uma pesquisa de cunho qualitativo, como fonte de dados primários foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os três empreendedores vitivinícolas da Região da Campanha. As entrevistas foram guiadas por um roteiro (protocolo) pré-estabelecido. Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (1977), em confronto com os referenciais teóricos trabalhados no estudo. Pode-se constatar que as vinícolas em estudo não só se conformam as pressões do ambiente institucional, como também lançam mão de estratégias que se caracterizam pela resistência e manipulação (OLIVER, 1991). Por exemplo, frente aos altos impostos que segundo as empresas pesquisadas deterioram suas economias de escala no próprio mercado nacional, as vinícolas Dunamis e Miolo, de maneira isomórfica fazem uso da estratégia resistir e da tática atacar, buscando junto com as associações representativas do setor vitivinícola transformar essa situação desfavorável para obterem mais vendas e , em consequência disso, aprimorarem seus processos e produtos. Diante dessa mesma pressão, identificou-se que a vinícola Cordilheira de Santana vislumbrou o mercado externo como uma válvula de escape perante os altos impostos.