Percepção dos servidores técnico-adminstrativos dos centros de ensino da UFSM e UFMA quanto ao modelo de gestão de pessoas agency-community e os vínculos de comprometimento e entrincheiramento organizacional
Date
2014-09-05Metadata
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Este trabalho teve por objetivo comparar a percepção dos servidores técnico-administrativos da UFSM e da UFMA quanto ao modelo de gestão de pessoas agency-community e sua relação com os vínculos de comprometimento e entrincheiramento organizacional. A amostra da pesquisa foi de 242 servidores técnico-administrativos da UFSM e 139 da UFMA, aos quais foi aplicado um questionário elaborado a partir dos modelos de avaliação de comprometimento e entrincheiramento organizacionais, proposto por Bastos et al. (2008), e de gestão de pessoas agency-community, elaborado por Rousseau e Arthur (1999). Realizaram-se análises descritivas para investigar a exatidão da entrada dos dados, o tamanho e a descrição da amostra, bem como a distribuição das variáveis. Identificaram-se comprometimentos afetivo alto para as duas instituições, instrumental alto para a UFMA e médio para a UFSM, normativo médio para aquela e baixo para esta. O entrincheiramento apresentou um ajustamento à posição social alto para a UFMA e médio para a UFSM; limitação de alternativas médias para as duas instituições, e arranjos burocráticos impessoais alto para a UFMA e médio para a UFSM. Identificaram-se modelos community alto e agency médio para as duas instituições. Foram encontrados, com relação aos dados sócio-demográficos, comprometimento afetivo, entrincheiramento e noção community alto e noção agency média nas duas instituições entre os servidores acima dos 46 anos; correlações positivas quando relacionadas as dimensões do comprometimento, e as bases do entrincheiramento; correlações positivas entre o modelo de gestão de pessoas community com o comprometimento instrumental na UFMA e afetivo na UFSM. Referente ao modelo agency, o relacionamento, na UFMA, foi negativo, e, na UFSM, apresentou correlações positivas comprometimento normativo, entrincheiramento ajustamento à posição social e limitação de alternativas. Quanto ao entrincheiramento, o modelo community apresentou todas as correlações positivas fracas, na UFMA, e ausência total de relacionamento na UFSM. O modelo agency apresentou uma correlação negativa com o entrincheiramento ajustamentos à posição social na UFMA; já na UFSM, apresentou relações positivas com a limitação de alternativas, ajustamento à posição social e ausência de relacionamento com os arranjos burocráticos impessoais. Os resultados mostram que a base predominante dos colaboradores é a afetiva, seguida da instrumental, uma vez que os funcionários percebem a existência de práticas community nas ações de gestão da organização. Como contribuição, este trabalho deixa, além do comparativo, uma ampla revisão de trabalhos publicados no país e no exterior e contribui para a compreensão da importância da adoção de novos modelos de gestão de pessoas que considerem o alinhamento entre o individual e o coletivo.