Concentração da solução nutritiva em sistema fechado com substrato na produção de pontas de estolões de morangueiro e maços de salsa e cebolinha
Resumo
O objetivo deste trabalho foi determinar critérios de manejo da solução nutritiva
na produção de pontas de estolões para a produção de mudas de morangueiro e de
salsa e cebolinha para produção de maços comerciais mistos. Dois experimentos foram
realizados no Departamento de Fitotecnia da UFSM em dispositivos formados por
bancadas de 0,8 m de altura com vasos de polipropileno de 2,5 dm3 preenchidos com
areia e fertirrigados por fitas gotejadoras. O primeiro experimento foi realizado no
período de 13 de outubro de 2011 a 10 de abril de 2012, com plantas matrizes de
morangueiro das cultivares Camino Real e Oso Grande. As plantas foram fertirrigadas
com cinco condutividades elétricas, 0,4; 0,8; 1,2; 1,6 e 2,0 dS m-1, respectivamente, em
esquema fatorial (5 x 2) e delineamento inteiramente casualisado. As pontas de estolões
emitidas pelas plantas matrizes foram coletadas semanalmente e contadas, sendo
descartadas aquelas necrosadas. Foram determinados o número de folhas, o diâmetro
de coroa e a massa seca. Pontas de estolões oriundas das plantas matrizes de cada
tratamento foram enraizadas em bandejas de poliestireno para produção de mudas com
torrão. Aos 40 dias após o enraizamento, foi determinada a taxa de formação de mudas
e o diâmetro de coroa, número de folhas expandidas e massa seca da parte aérea e
raízes dessas mudas. Ao final do experimento, foram coletadas também plantas
matrizes de cada tratamento para determinação da massa seca dos diferentes órgãos.
O segundo experimento foi realizado de 12 de setembro a 22 de outubro de 2012, no
qual foram comparadas cinco condutividades elétricas, 0,5; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 dS m-1,
respectivamente, e oito arranjos de cultivo. Os arranjos foram formados pelo plantio lado
a lado em cada vaso de mudas de salsa e de cebolinha provenientes de um alvéolo das
bandejas comerciais (1S+1C); de dois alvéolos de salsa e um alvéolo de cebolinha
(2S+1C); de um de salsa e dois de cebolinha (1S+2C); de dois de salsa e dois de
cebolinha (2S+2C) e quatro sistemas de cultivos solteiros considerados testemunhas:
mudas de um alvéolo de salsa (1S) e um de cebolinha (1C) e dois de salsa (2S) e dois
de cebolinha (2C) por vaso. Foi empregado um esquema fatorial (5 x 8) em
delineamento DIC. No final do experimento, as plantas de cada uma das duas espécies
foram separadas e foi determinada a massa verde (MVPA) e seca (MSPA) da parte
aérea. Concluiu-se que condutividades elétricas da solução nutritiva entre 0,8 e 1,1 dS
m-1 possibilitam maior produção de pontas de estolões de morangueiro e formação de
mudas com torrão. No cultivo consorciado de salsa e cebolinha, é possível o uso de
uma mesma solução nutritiva com 2,0 dS m-1 para a formação de maços mistos,
podendo a mesma solução ser empregada também no cultivo da salsa solteira. No
cultivo solteiro de cebolinha, a C.E de 1,6 dS m-1 deve ser empregada.