Avaliaçao de métodos para predição do potencial de ocorrência de bitter pit em maçãs
Fecha
2006-02-03Metadatos
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Experimentos foram conduzidos com objetivo de avaliar a eficiência de métodos de predição do potencial de ocorrência de bitter pit , em maçãs Gala , Royal Gala , Braeburn e Fuji
após o armazenamento em atmosfera controlada (AC). Os frutos provenientes de 11 pomares foram coletados 20 dias antes e na colheita comercial. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. Para os métodos, os tratamentos foram compostos por 4 repetições, sendo cada unidade experimental composta por 25 frutos. Já para a avaliação da integridade das membranas, a unidade experimental foi de 6 frutos. Os métodos de predição avaliados
foram: a infiltração de magnésio 0,1M MgCl2 mais 0,01% de Tween-20 e 0,4M de sorbitol; imersão de frutos em solução com 2500nL L-1 de ethephon + 20°C; a correlação entre
parâmetros de qualidade e maturação e; a comparação entre o vazamento de íons das células dos frutos no momento da colheita e após 50, 100 e 150 dias em AC com a real incidência de bitter pit . Para estimar a capacidade predictiva dos métodos, os sintomas do distúrbio induzidos nos frutos coletados 20 dias antes e na colheita comercial foram comparados com a ocorrência real em frutos armazenados por 5 meses em AC mais 12 dias de exposição a 20°C. As condições de AC foram: para maçãs Gala e Royal Gala 1,5kPa O2 + 3,0kPa CO2 e temperatura de +0,5°C; para maçãs Fuji 1,2kPa O2 + <0,5kPa CO2 e temperatura de -0,5°C e para a Braeburn 1,2kPa O2 + 3,0kPa CO2 e temperatura de +0,5°C. De acordo com os resultados, na cultivar Gala ambos os métodos não foram eficientes, superestimando a
incidência real de bitter pit para os frutos colhidos 20 dias antes da colheita e, subestimando a incidência real na colheita comercial. Nas cultivares Fuji e Braeburn ambos os métodos foram eficientes na previsão da incidência de bitter pit em frutos amostrados 20 dias antes da colheita, entretanto, para os frutos colhidos na colheita comercial ambos os métodos foram ineficientes. Nenhum parâmetro de qualidade ou índice de maturação apresentou, no geral,
correlação consistente que justifique sua utilização como indicativo da ocorrência de bitter pit após o armazenamento. Com relação à permeabilidade de membranas, verificou-se, para ambas as cultivares, gradual acréscimo durante o armazenamento, estando este relacionado à
época de colheita dos frutos. Para a maioria dos pomares, não foi observada associação entre a incidência de bitter pit e o vazamento de íons na colheita e durante o armazenamento, com exceção dos frutos das cultivares Gala e Braeburn amostrada 20 dias antes da colheita comercial. A relação entre a permeabilidade de membranas na colheita e após 5 meses de armazenamento em AC com a incidência real de bitter pit não é válida como método de previsão da ocorrência de bitter pit