Silício e cobre na produção de alface em cultivo sem solo
Resumo
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da concentração de silício e cobre na produção de
alface em cultivo sem solo. Quatro experimentos foram realizados no Departamento de Fitotecnia da
Universidade Federal de Santa Maria em sistema fechado de cultivo sem solo empregando vasos de
3 dm3 com areia. Dois experimentos foram realizados com silício no inverno, entre 17 de junho e 11
de agosto e entre 26 de setembro e 24 de outubro de 2014, na primavera. Os tratamentos foram
constituídos de cinco concentrações de silício na solução nutritiva, duas cultivares de alface,
Veneranda (crespa) e Stella (lisa) e pulverização foliar de silício aos sete dias antes da colheita. As
concentrações de silício na solução nutritiva foram 0,0; 0,7; 1,4; 2,1 e 2,8 mmol L-1 e 0,0; 1,4; 2,8; 4,2
e 5,6 mmol L-1, respectivamente, e de 9 mg L-1 na pulverização foliar. O delineamento experimental foi
casualizado, com parcelas subdivididas, em esquema fatorial 5x2x2, com 11 repetições. Outros dois
experimentos foram realizados com cobre, entre 27 de outubro e 26 de novembro de 2014 na
primavera e entre 8 de maio e 22 de junho de 2015 no outono, com as mesmas cultivares. As
concentrações de cobre na solução nutritiva foram de 0,06; 0,18; 0,3; 0,42 e 0,54 mg L-1 e 0,05; 0,75;
1,25; 1,75; 2,25 mg L-1, respectivamente. O delineamento experimental foi casualizado em parcelas
subdivididas e esquema fatorial 5x2, com 11 repetições. O aumento da concentração de silício
reduziu o crescimento e desenvolvimento das plantas de ambas as cultivares e reduziu também a
perda de massa fresca pós-colheita da cultivar Stella. Concluiu-se que nas concentrações testadas
não há efeito benéfico do silício na produção da alface em cultivo sem solo, apenas na redução da
massa fresca pós-colheita. As concentrações de Cu reduziram a produção em ambas as cultivares e
épocas, concluindo-se que concentrações em torno das raízes superiores a 0,05 mg L-1 devem ser
evitadas.