Corpo-território cambiante e processos híbridos no contexto da arte contemporânea
Resumo
De que modo pensar o corpo como território em uma produção poética no contexto da arte contemporânea com foco em arte e tecnologia? Esta problemática foi norteadora para a presente investigação e movimentou o fazer poético em que proponho pensar o corpo como território, como um lugar de potência intensiva, movido por uma complexidade de forças cambiantes que efetuam dobras e redobras de peles sobre o plano das sensações, emoções, sentimentos e desejos. As peles entendidas como camadas que aprisionam intensidades, mas revelam-se como subjetividades nômades que rompem e abrem fissuras nesse canal de passagem deixando à mostra um território em devir, inaugurando a construção de novos modos de existência em potência com a vida. Deste modo, o trabalho constitui-se em uma investigação e produção no campo da arte e tecnologia, a partir da linguagem da fotografia, pautada em processos híbridos de construção da imagem por meio de manipulações digitais, resultando em um conjunto de imagens impressas em diálogo com imagens projetadas modos de operar que abrem caminhos para uma estética voltada à flexibilidade, mobilidade e multiplicidade. O corpo insere-se como um elemento visual, em que transveste-se de peles que o camuflam, assim como o protegem, envolvem-no, constroem-no e, ao mesmo tempo, desconstroem, refazendo-o em um processo de nascimento e morte .