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Sistemas de cultivos de milho consorciado ou não com plantas de cobertura de solo: Aspectos produtivos, socioeconomicos e de qualidade

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DALLA CHIEZA, EMERSON.pdf (4.702Mb)
Data
2010-02-10
Autor
Chieza, Emerson Dalla
Primeiro orientador
Lovato, Thome
Primeiro membro da banca
Costabeber, José Antônio
Segundo membro da banca
Spagnollo, Evandro
Metadata
Mostrar registro completo
Resumo
A disponibilidade de pequenas áreas para cultivo aliada as deficiências técnicas e econômicas, agravadas muitas vezes por aspectos sócio-culturais, cria nas pequenas propriedades, um cenário propenso a práticas agropecuárias com elevado grau de insustentabilidade. A partir deste contesto, foi realizado este estudo de campo, no período de setembro de 2008 e outubro de 2009, num assentamento de reforma agrária objetivando investigar diferentes formas de manejo de solo, seu potencial de melhoria na qualidade do solo e suas implicações sócio-econômicas em pequenas propriedades rurais. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos nas parcelas pelos sistemas de cultivo: Milho + Feijão caupi (M + FC); Milho + Guandu anão (M + GA); Milho + Mucuna preta (M + MP) e Milho em cultivo solteiro (MS). Nas sub-parcelas pelas formas de adubação: Fonte orgânica cama de peru (AO); Sem adição de nutrientes (SA) e Fonte mineral NPK (AM). Foram avaliados aspectos relacionados ao rendimento de grãos da cultura do milho, atributos físicos e químicos do solo, em duas camadas (0-5 e 5-10 cm de profundidade) e aspectos socioeconômicos dos manejos. O estresse hídrico conduziu a um efeito negativo do M+ FC no rendimento de grãos de milho, que por sua vez não foi afetado por M + MP, e foram superiores nos tratamentos com AM (P<0,05). As culturas GA e MP apresentaram os maiores aportes de nitrogênio (N) via fitomassa aérea. Os sistemas de cultivos apresentaram resultados positivos em relação à densidade volumétrica do solo e porosidade. Observou-se a tendência a diminuição da estabilidade dos agregados para todos os sistemas estudados, inclusive no tratamento em pousio. Não houve incremento (P<0,05) de Carbono orgânico no solo (COT) dos sistemas estudados, apenas atenuaram a diminuição natural deste elemento. Observou-se incremento (P>0,05) em relação aos teores iniciais de N no solo, sendo o consórcio M + MP o que apresentou os maiores teores em ambas camadas estudadas. Também foi constatado diminuição (P<0,05) nos atributos pH SMP, saturação por bases, teor de potássio trocável, com reflexos no acréscimo (P<0,05) da saturação por alumínio. Outro aspecto observado foi o aumento (P<0,05) da CTCpH7.em ambas camadas. Os sistemas estudados apresentaram receita líquida negativa, reflexos do alto custo de alguns insumos e baixas produtividades obtidas. A demanda de mão de obra por parte dos manejos dos sistemas foi impactada pela semeadura das plantas de cobertura de solo, e pelo manejo dessas, seja pela contenção do crescimento vegetativo ou pela colheita das sementes. Embora tenha sido curto espaço de tempo para avaliações consistentes, os resultados obtidos pelos sistemas de cultivo indicam haver ganhos, em aspectos produtivos, aporte de COT e N, sobretudo, em atributos físicos do solo. Esta condição reflete na possibilidade de substituir o sistema convencional de cultivo do milho pelos sistemas estudados, com ganhos em sustentabilidade, sob vários aspectos.
URI
http://repositorio.ufsm.br/handle/1/5504
Coleções
  • Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo [204]

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