Impacto dos subprodutos da industrialização do xisto sobre atributos biológicos do solo
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2011-03-31Metadatos
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O impacto do uso de subprodutos do xisto no solo sobre a atividade biológica é um aspecto
ainda pouco conhecido. O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar o impacto da
aplicação dos subprodutos do xisto sobre atributos biológicos do solo. No ano de 2010 foram
conduzidos experimentos em solo Argissolo Vermelho distrófico arênico sob condições de
laboratório e de campo. No laboratório, os tratamentos consistiram da aplicação ao solo de
sete diferentes doses (0, 300, 450, 600, 750, 1500 e 3.000 kg ha-1) de xisto retortado (XR),
calcário de xisto (CX) e finos de xisto (FX). No campo, em dois cultivos de feijão (Phaseolus
vulgaris, L.) em sistema plantio direto, os tratamentos avaliados foram compostos pelo XR,
sendo quatro doses crescentes (0, 750, 1.500 e 3.000 kg ha-1) em combinação à adubação
mineral (NPK) e uma dose isolada com somente XR (1.500 kg ha-1). Além desses, foi
avaliado o tratamento sem XR e sem NPK. As avaliações realizadas foram: evolução de CO2,
carbono da biomassa microbiana (CBM), atividade enzimática do solo (fosfatase ácida,
arilsulfatase, β-glicosidase, urease, hidrólise do diacetato de fluoresceína, desidrogenase) e
teste de ecotoxicidade. No estudo laboratorial, foi observada uma baixa degrabilidade da
fração orgânica dos subprodutos sólidos da industrialização do xisto. A aplicação do XR ao
solo reduz a emissão de CO2 sem reduzir o CBM. O XR mesmo quando reaplicado em doses
crescentes ao solo não causa impactos negativos sobre a atividade enzimática do solo. Os
resultados obtidos com as enzimas em condições de campo, após duas aplicações de XR,
aliados aos resultados de CBM, do quociente metabólico (qCO2) e do teste ecotoxicológico
indicam que os subprodutos sólidos da industrialização do xisto (XR, CX e FX) não
provocam a degradação biológica do solo.