Agricultura por ambiente: manejo sítio específico da população de milho
Fecha
2012-02-24Segundo membro da banca
Fiorin, Jackson Ernani
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A agricultura de precisão (AP) baseia-se em intervenções sitio-especifico, de acordo com a variabilidade espacial dos fatores produtivos. Essa estratégia tende a diminuir a variabilidade espacial da produtividade em relação ao obtido com o manejo uniforme e otimiza os recursos utilizados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o ajuste da população de plantas de milho utilizando como parâmetro, zonas de manejo. Para tanto, o trabalho foi composto por dois experimentos conduzidos em locais e anos agrícolas distintos, no município de Não-Me-Toque-RS, sendo as áreas experimentais próximas entre si. No experimento 1 (A), conduzido na safra 2009/2010, as zonas de manejo foram delimitadas através do conhecimento do histórico de produção através de observações do produtor rural, separando o talhão de estudo em zonas de baixa (ZB), média (ZM) e alta produtividade (ZA). Já para o segundo experimento (B), na safra 2010/2011 nove mapas de produtividade normalizados (sete safras de soja + duas de milho) foram sobrepostos gerando três zonas de manejo. As zonas foram classificadas em ZB apresentando produtividade relativa < 95% da produtividade média da lavoura, ZM entre 95-105 e ZA > 105%. O experimento foi um bifatorial com cinco taxas de semeadura variando de 50.000 a 90.000 sementes ha-1 constituído de três zonas de manejo (ZB, ZM e ZA) sob Latossolo Vermelho Distrófico típico. Para o segundo experimento, acrescentou-se como avaliação o efeito do ajuste da população de milho às zonas de manejo e sua relação com a demanda de N pela cultura, utilizando-se como parâmetro as leituras com clorofilômetro e N na massa seca na floração plena da cultura. Em ambos experimentos, a população de milho foi relacionada com a produtividade nas zonas de manejo, com coeficiente de correlação de 0,89 (p>0,0004); 0,81 (p>0,0002); 0,97 (p>0,0002), para ZB, ZM e ZA, respectivamente. O ajuste da população de plantas de milho às zonas de manejo proporcionou incrementos na produtividade quando comparada com a população fixa (70.000 plantas ha-1). Esse incremento na ZB, devido a redução da população, foi de 1,20 Mg ha-1 e 1,90 Mg ha-1, resultando em incremento econômico de 19,8 e 28,7% para (A) e para (B), respectivamente. Já na ZA, devido ao incremento da população, o incremento produtivo foi de 0,89 Mg ha-1 e 0,94 Mg ha-1 proporcionando um incremento econômico de 5,6 e 6,6% para (A) e (B), respectivamente. Para as avaliações de N no segundo experimento o aumento da população de milho na ZB ocasionou um decréscimo de 49% para as avaliações de clorofilômetro e 44% para o N absorvido quando comparado a ZA. No entanto o ajuste da população de milho ocasionou um melhor aproveitamento do N fertilizante, sendo o incremento do N absorvido pelo milho de 8,40 e 15% nas ZB e ZA quando comparado a população fixa de 70.000 plantas ha-1.