O uso da alfa microglobulina-1 placentária (PAMG-1) no diagnóstico de ruptura prematura de membranas e sua associação com resultados obstétricos e perinatais
Resumo
OBJETIVO: estudar a preditividade diagnóstica do teste da PAMG-1 para pacientes com
suspeita de ruptura prematura das membranas amnióticas (RUPREME). MÉTODOS: foram
selecionadas consecutivamente 50 pacientes com suspeita de RUPREME e alocadas em dois
grupos (25 com RUPREME confirmada pelo exame clínico e 25 com RUPREME descartada
pelo exame clínico). Todas as pacientes foram submetidas ao teste da PAMG-1. Foram
avaliadas a preditividade do teste da PAMG-1, tempo entre a realização do exame e
nascimento e tempo de internação materna. Para a análise estatística foi utilizado o teste t
de Student, Mann-Whitney e qui-quadrado. O nível de significância admitido foi p<0,05.
RESULTADOS: a sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo para o
teste da PAMG-1 foram de 92%. As taxas de falsos positivo e negativo foram de 8%. A
acurácia do teste foi 92%. O tempo entre a realização do exame e nascimento foi 29h nas
pacientes com teste da PAMG-1 positivo e 287,8h nas pacientes com teste negativo
(p=0,0001) e o tempo de internação materna foi 29h e 130h, respectivamente (p=0,001).
CONCLUSÕES: o teste da PAMG-1 apresenta elevada preditividade diagnóstica nos casos de
suspeita de ruptura prematura de membranas, com baixas taxas de falsos positivo e negativo.
Além disso, pode reduzir o tempo ou evitar a hospitalização materna e dessa forma, reduzir
gastos com saúde pública.