Consumo alimentar de cálcio, fósforo, magnésio, proteínas e estado nutricional em mulheres hospitalizadas por fraturas osteoporóticas em um hospital universitário
Fecha
2015-06-15Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: Atualmente, o aumento da expectativa de vida das pessoas reflete a mudança no perfil epidemiológico brasileiro e, uma das maiores consequências enfrentadas devido a esse contexto é o aumento na prevalência de morbidades crônicas, dentre elas, a osteoporose. Essa patologia afeta especialmente as mulheres na pós-menopausa e suas principais consequências são as fraturas, responsáveis por uma elevada morbimortalidade e custos onerosos para o tratamento. No entanto, a nutrição representa um importante papel na formação e manutenção da massa óssea. Considerada como parte do tratamento não farmacológico, a alimentação variada, em qualidade e quantidade, muito provavelmente fornecerá os nutrientes necessários para manter, pelo menos em parte, uma saúde óssea regular durante o envelhecimento. Além disso, pode ser um possível fator de proteção para as principais consequências da osteoporose em idosos. Objetivo: Descrever o consumo alimentar de cálcio, fósforo, magnésio e proteínas em mulheres hospitalizadas por fraturas osteoporóticas em um serviço de Atenção Terciária de um município do interior do Rio Grande do Sul/RS. Metodologia: Estudo caso-controle, composto por 62 mulheres com 55 anos ou mais, sendo 42 no grupo com fraturas e, 20 sem fraturas. Aplicaram-se dois questionários, um contendo identificação, dados clínicos, história social e avaliação antropométrica e, outro para avaliar a ingestão de cálcio, fósforo, magnésio e proteínas, sendo o Questionário Quantitativo de Frequência de Alimentos (QQFA). Resultados: Ingestão de cálcio e magnésio foi significativamente baixa em mulheres com fraturas [446,9 mg/dia vs. 689,90 mg/dia e 135,49 mg/dia e 188,92 mg/dia, respectivamente]. Na análise de regressão logística para fraturas, aumento na ingestão de cálcio e magnésio foi associado com baixo risco para fraturas. Este resultado foi ajustado para idade e IMC. Não houve diferenças na ingestão de proteínas e fósforo entre os grupos. Na análise de regressão logística para fraturas, cálcio e magnésio foram considerados fatores de proteção, enquanto que a idade foi considerada fator de risco para fraturas. Conclusão: Ambos os grupos apresentaram ingestão de cálcio e magnésio bem abaixo das atuais recomendações para sexo e faixa etária. Em relação aos fatores associados às fraturas, ingestão dietética de cálcio e magnésio foi considerada como protetora contra fraturas ósseas.