Desenvolvimento de nanocápsulas poliméricas para liberação pulmonar do dipropionato de beclometasona
Fecha
2013-03-22Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Nanocápsulas poliméricas vem sendo estudadas extensivamente para liberação de fármacos por diversas vias de administração. Atualmente a nanoencapsulação de fármacos é considerada o meio mais eficiente de assegurar liberação controlada, direcionamento específico e redução dos efeitos adversos. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver nanocápsulas poliméricas para a liberação pulmonar do dipropionato de beclometasona (DB). Nanocápsulas foram preparadas a partir de 2 polímeros, a poli(-caprolactona) (PCL) e a etilcelulose (EC). Para a quantificação do fármaco nas nanoestruturas, o método analítico foi desenvolvido e validado. Este mostrou ser específico, linear, preciso, exato e robusto. As nanocápsulas foram preparadas por deposição interfacial do polímero pré-formado e avaliadas quanto ao pH, diâmetro de partícula, índice de polidispersão, teor, eficiência de encapsulamento e potencial zeta. Todas as amostras apresentaram eficiência de encapsulamento maior que 98%, valor de potencial zeta negativo, valor de pH na faixa da neutralidade e teores próximos aos teóricos. A distribuição de tamanho foi nanométrica (158-270 nm) com índice de polidispersão menor que 0,2. Os resultados do estudo de fotodegradação mostraram que as nanocápsulas poliméricas foram capazes de proteger o DB da radiação UVC quando comparadas com uma solução do fármaco. Os experimentos de liberação in vitro foram realizados empregando a técnica de sacos de diálise, a qual mostrou, para todas as formulações, uma liberação prolongada do DB, mediada por transporte anômalo e cinética de primeira ordem. A solução etanólica de DB levou entre 24 e 36 h para alcançar 100% de liberação, enquanto que as nanocápsulas foram capazes de controlar a liberação do fármaco por até 108 h, dependendo do polímero empregado. Nanocápsulas de EC e PCL foram avaliadas quanto à toxicidade in vitro e in vivo e os resultados obtidos sugerem que as formulações propostas são seguras. Na etapa final do trabalho, o pullulan foi proposto como agente estabilizador de nanocápsulas de PCL e os resultados obtidos para o potencial zeta e o teor de fármaco sugerem que estas formulações tornaram-se mais estáveis. Desta forma, as nanocápsulas desenvolvidas neste trabalho representam uma alternativa promissora para a liberação pulmonar do DB no tratamento da asma e de outras desordens do trato respiratório.