Relação entre dor bucal, e impacto odontológico em uma população de 50 a 74 anos de idade do sul do Brasil
Fecha
2010-07-07Metadatos
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Este estudo teve como objetivo principal investigar a relação entre dor bucal, procura por atendimento, necessidade de tratamento auto-percebida e o impacto odontológico em pessoas em idades entre 50 e 74 anos de três distritos sanitários de Porto Alegre. Estudo analítico transversal de base populacional no município de Porto Alegre com 720 indivíduos, com idades entre 50 e 74 anos, residentes em três distritos sanitários. Os impactos odontológicos e os dados sociodemográficos foram coletados por meio de entrevistas estruturadas. O Oral Impacts on Daily Performances OIDP, desenvolvido por Adulyanon, Vourapukjaru, e Sheiham (1996) foi utilizado para medir os impactos. As informações foram analisadas através de regressão de Poisson. A prevalência de dor na população estudada foi 32,8% e esteve presente em 32,5% dos indivíduos que referiram algum impacto odontológico, sendo as atividades diárias mais frequentemente associadas com a prevalência de dor: Falar (37,6%), limpar seu dentes e gengivas (37,0%) e aproveitar o convívio com as pessoas (36,5%); e com dor severa: Trabalhar (14,8%), aproveitar o convívio com as pessoas (11,6%) e descansar (11,1%). As variáveis associadas significativamente ao desfecho impacto alto foram, procura por atendimento no último ano [RP 0,72 (0,54-0,96)] e motivos da consulta odontológica por dor [RP 1,75 (1,18-2,61)]. Os resultados deste trabalho servem como meio auxiliar na formulação de políticas públicas de saúde, voltadas ao atendimento de adultos e idosos, novos estudos são necessários para estabelecer relação causal entre dor dentária e o impacto odontológico, assim como das condições preditoras de impacto odontológico.