Avaliação das condições gengivais, fatores associados e impacto na qualidade de vida de escolares
Fecha
2013-08-05Metadatos
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Justificativa: Evidências demonstram que o status gengival de adolescentes e adultos jovens pode ser influenciado por gradientes sociais. Entretanto nenhum estudo investigou a associação entre diferentes fatores socioeconômicos, capital social a nível individual e contextual e sangramento gengival em crianças de 12 anos. Além disso, o impacto causado pela gengivite na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQoL) de escolares dessa faixa etária tem sido raramente avaliado. Objetivo: O objetivo desta dissertação é apresentar dois artigos. O primeiro avalia a associação entre status socioeconômico, capital social e sangramento gengival em escolares; e o segundo investiga a associação entre a gengivite e a OHRQoL nessa população. Material e Métodos: Uma amostra representativa de 1134 escolares de 12 anos de idade foi selecionada em escolas públicas da cidade de Santa Maria-RS, Brasil. Sangramento gengival, biofilme e cálculo dental foram avaliados por examinadores treinados. Outras variáveis clínicas também foram coletadas. As crianças completaram a versão brasileira do CPQ11-14 e dados socioeconômicos e de capital social foram coletados mediante emprego de um questionário semi-estruturado. Variáveis relacionadas à escola em que as crianças estudam foram obtidas. Os dados foram analisados utilizando Modelos Multiníveis de Regressão de Poisson, para avaliar a associação das variáveis preditoras e os desfechos considerados. Resultados: A prevalência de sangramento gengival foi de 96.21%. Crianças com baixa renda e menor escolaridade dos pais, com apinhamento dental e que nunca ou quase nunca vão à igreja ou a encontros religiosos apresentaram maiores médias de dentes com sangramento gengival. Esse gradiente social persistiu mesmo após o ajuste por covariáveis contextuais. Foi observado também que crianças com níveis extensos de gengivite tiveram maiores médias de escores do CPQ11 14 e seus domínios, mesmo após ajustar por possíveis confundidores. Conclusão: Os dados demonstram que em criança de 12 anos o sangramento gengival está associado a baixo status socioeconômico e condições desfavoráveis de capital social, e quando ocorre em níveis extensos, essa doença está significativamente associada a piores condições de qualidade de vida relacionada à saúde bucal.