Avaliação do torque de fratura de mini-implantes submetidos à até três reutilizações
Resumo
Na busca por não perder tempo clínico, ortodontistas vêm reutilizando mini-implantes
que falham após a instalação ou que serão instalados em novo local devido à
necessidades mecânicas. O objetivo deste estudo foi simular a reutilização de miniimplantes
em até três vezes e avaliar a possível fragilização dos mesmos. Para isso,
foram utilizados 48 parafusos (Morelli Sorocaba-SP, Brasil), os quais foram divididos
em quatro grupos: C = Controle, G1 = uma reutilização, G2 = duas reutilizações e G3 =
três reutilizações. Para simular, laboratorialmente, as instalações em boca nos
pacientes, foi utilizado osso ilíaco suíno. Após serem inseridos no espécime de osso, os
parafusos foram removidos, limpos e esterilizados em autoclave. Com um guia presente
na máquina utilizada foi possível padronizar as instalações. Após todos os grupos
passarem pelos ciclos de reutilização correspondentes, os mini-implantes foram
submetidos à fratura, e a força máxima necessária para a quebra foi medida através de
um torquímetro digital axial. Para a fratura, foram utilizados espécimes de tíbia bovina,
por possuir maior densidade óssea e espessura de cortical. Os valores médios dos
grupos foram analisados pela ANOVA de 1 fator com post-hoc em Bonferroni. Foram
encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o grupo G3 e os demais
grupos. Mesmo com as diferenças na resistência à fratura entre os grupos, todos
necessitaram de forças superiores às recomendadas para instalação em pacientes.