Estimulação sensório-motora oral e o desempenho nutricional de recém-nascidos pré-termo
Fecha
2005-03-17Metadatos
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A literatura aponta vários estudos em que a estimulação sensório-motora oral traz benefícios aos recém-nascidos estimulados, como: transição mais rápida da sonda para via oral, ganho de peso mais rápido, alta hospitalar precoce, aumento da força de sucção, maior consumo e transferência de leite em relação ao tempo. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da estimulação sensóriomotora-oral no desempenho nutricional de recém-nascidos pré-termo. Para isso, foram incluídos 21 recém-nascidos pré-termo no momento da transição da alimentação por sonda para via oral por liberação médica, internados na UTI Neonatal do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Foram constituídos dois grupos, sendo um o Grupo Estimulado (GE), com 10 recém-nascidos, e outro o Grupo Controle (GC), com 11 recém-nascidos. Ambos foram avaliados e, após um período de no máximo quatorze dias, reavaliados. O GE recebeu estimulação sensório-motora oral duas vezes por dia durante o período compreendido entre a avaliação e a reavaliação. O GC não recebeu estimulação durante esse período. A avaliação fonoaudiológica incluiu a testagem dos reflexos orais, avaliação das características da sucção nutritiva e avaliação do desempenho nutricional. Na avaliação da sucção nutritiva, foi considerada a presença ou ausência da sucção no ato de amamentação por mamadeira e a força de sucção. O desempenho nutricional foi avaliado através do volume prescrito e ingerido, da taxa de transferência da alimentação e da competência para a alimentação por via oral. Ainda, foi analisado o tempo de uso de sonda, o tempo de transição da sonda para via oral e o incremento de peso após o período de intervenção. Os resultados obtidos sugerem melhora na força de sucção e no desempenho nutricional comparando-se avaliação e reavaliação entre o GE e o GC; porém, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Os resultados sugerem, ainda, que a estimulação não influenciou o tempo de uso de sonda, o tempo de transição da sonda para via oral, e o incremento de peso para os grupos estudados.