Comunicação humana e seus distúrbios: formação e capacitação de professores de Educação Física
Resumo
O presente estudo teve como objetivo analisar a formação e a capacitação de Professores de Educação Física quanto à identificação, encaminhamento e atuação com alunos que apresentem Distúrbios da Comunicação Humana. O estudo é de caráter quantitativo, caracteriza-se como transversal e tem como opção metodológica a pesquisa exploratório-descritiva e caráter analítico. Na primeira etapa do estudo para análise da formação inicial dos professores, foram analisados 426 currículos (matrizes curriculares ou grades curriculares) online dos cursos de Educação Física Licenciatura das Universidades públicas e privadas de todo o Brasil, referente a identificar se o tema Distúrbios da Comunicação Humana é abordado ou não. Pode-se concluir nesta etapa que 99% dos cursos analisados, não abordam o tema na sua formação inicial. Na segunda etapa da pesquisa, para análise da capacitação dos professores, foram contatados para participação no estudo toda a população de Professores de Educação Física da cidade de Santa Maria-RS (88 professores), para os quais foi enviado o link do instrumento de coleta de dados e, destes, obtiveram-se 62 respondentes, que se constituiu na amostra desta pesquisa. Os dados foram coletados com a ferramenta Google Docs Offline®, com questionário autoaplicado. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva das variáveis estudadas, adotando-se distribuição de frequência, e os resultados, agrupados em tabelas. Ao término desta etapa, conclui-se que a maioria dos professores, a partir de sua formação inicial, não se consideram capacitados para identificar, encaminhar e atuar com alunos com Distúrbios da Comunicação Humana. Diante deste contexto, é possível apontar a necessidade de uma reorganização dos currículos do curso em questão, para que se possa refletir sobre o fazer docente. Fica evidente a necessidade de que os Professores de Educação Física tenham conhecimento a respeito do tema de estudo, a fim de intervir e minimizar seus efeitos, na busca do auxilio no desenvolvimento da comunicação de seus alunos, na sua prevenção e no seu tratamento, e á proporcionar uma melhor qualidade de vida e de ensino-aprendizagem aos alunos sob sua orientação.