O cuidado de si do/a profissional de enfermagem em saúde mental
Fecha
2011-12-09Metadatos
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O cuidado de si é importante e necessário para que o profissional da enfermagem
possa ter uma atuação mais humana, bem como uma maneira de melhorar o conhecimento de
si mesmo. Também, é uma aproximação do mundo subjetivo de cada profissional, uma
mostra de si mesmo, presente numa manifestação corporal. Trata-se de um estudo que
objetivou compreender como é para o/a profissional de enfermagem em saúde mental o cuidar
de si. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica à
luz do referencial teórico-filosófico de Maurice Merleau-Ponty e na fenomenologiahermenêutica
de Paul Ricoeur. Após a aprovação do Protocolo do Projeto de Dissertação pelo
Comitê de Ética com Seres Humanos da instituição, sob o Nº 0.274.0.243.000-10, iniciou-se a
entrevista fenomenológica. Esta aconteceu nos meses de setembro de 2010 a dezembro de
2010 e encerrou-se no 10º encontro empático com os profissionais de enfermagem em saúde
mental na faixa etária dos 31 aos 60 anos, quando se percebeu a suficiência de significados. O
cenário foi a Unidade de Internação Paulo Guedes do Hospital Universitário de Santa
Maria/RS. Na entrevista utilizou-se a seguinte questão: como você se cuida, sendo
profissional de enfermagem em saúde mental? Da compreensão e interpretação dos discursos
emergiram quatro temas e dois subtemas: percepção de si como corpo existencial no mundo
(existencialidade como um corpo fenomênico adormecido; existencialidade como ser de
ambiguidade); as situações vividas no encontro com o outro; o mundo da psiquiatria; e, as
possibilidades do cuidado de si. Desvelou-se a dificuldade dos profissionais de enfermagem
em saúde mental de olharem para si e para o outro de forma aberta e reflexiva. O cuidado de
si depende da forma como o profissional se relaciona com o outro e se transforma no
encontro. Emerge, nesse sentido, a importância do diálogo entre todos os envolvidos no
cuidado, de maneira que eles possam expressar o que sentem e que não seja um corpo
habitual, de fazer o cuidado sem refletir sobre si e o outro. O cuidado de si acontece na
medida em que o profissional se valoriza e se coloca no mundo como corpo próprio, que se
relaciona com os outros de forma dialógica e valoriza os seus sentimentos, suas ideias e, que
se permite crescer a cada encontro.