Disponibilidade e satisfação com o suporte social às pessoas com AIDS
Fecha
2012-01-25Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo desenvolvido com o
objetivo de mensurar o suporte social e a satisfação percebida pelos pacientes com aids em
tratamento com antirretrovirais. A pesquisa foi realizada no Hospital Universitário de Santa
Maria/RS com uma amostra de 177 usuários cadastrados na Unidade de Dispensação de
Medicamentos em HIV/aids. Os dados foram coletados por meio de um protocolo de pesquisa
dividido em duas partes: um questionário sociodemográfico e de saúde e a Escala de
Avaliação do Suporte Social. A coleta de dados foi realizada de fevereiro a abril de 2011, após
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para o armazenamento e
organização das informações construiu-se um banco de dados em uma planilha eletrônica, no
programa Excel (Office 2007). Após foram analisados estatisticamente com o auxílio do
software Statistical Package for the Social Sciences. A consistência interna da Escala foi
avaliada pelo Coeficiente Alpha de Cronbach, que atestou fidedignidade da medida a que o
instrumento se propõe (α=0,93). Para análise e apresentação dos resultados utilizaram-se
medidas de tendência central e de dispersão. Para comparação entre as variáveis de interesse e
as dimensões da Escala utilizaram-se os testes de Mann Whitney e o Kruskal-Wallis. Usou-se
a Correlação de Spearman para avaliar a relação entre disponibilidade e satisfação frente ao
suporte social. Identificou-se que 53,1% dos usuários do estudo eram do sexo masculino,
49,7% solteiros ou separados, católicos (55,4%), idade média de 42,08 anos (±10,04) anos,
ensino fundamental incompleto (39,5%), que ganhavam entre um e três salários mínimos
(40,7%), e ativos profissionalmente (45,2%). No início do tratamento verificou-se CV de
valor médio e CD4 muito baixo e na ocasião da coleta de dados a Carga Viral estava
indetectável e o CD4 normal. Verificou-se 55,9% de internações após o diagnóstico, 41,8%
conhecem o diagnóstico entre seis e 10 anos e 61,5% fazem o tratamento entre um e seis anos.
O suporte social mais recebido foi o emocional e as fontes de suporte foram os familiares. Os
usuários avaliaram a satisfação do suporte social recebido como nem satisfeitos, nem
insatisfeitos . O apoio recebido em situações concretas que facilitam o tratamento de saúde e
o apoio que os fazem sentir valorizados como pessoas tiveram as médias mais altas no suporte
instrumental e emocional respectivamente. O apoio nas questões financeiras e para sentiremse
parte da família de alguém foi o suporte menos disponibilizado aos usuários. Conclui-se
que as variáveis sociodemográficas e de saúde influenciaram na disponibilidade e satisfação
do suporte social e na adesão à TARV. Destaca-se a importância deste estudo para os
profissionais da saúde, na medida em que se reconhece o suporte social como mediador para a
manutenção e promoção da saúde, e as repercussões do convívio social como um fator capaz
de proteção à saúde e na qualidade de vida.