Microestrutura e durabilidade a cloretos de protótipos de concreto com cinza de casca de arroz com e sem moagem prévia
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2013-02-27Metadatos
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O cimento é o principal componente do concreto, que é o segundo material mais
utilizado pelo homem. O processo de fabricação do cimento é o maior responsável
pela emissão de dióxido de carbono na atmosfera. A indústria da construção civil
vem estudando a possibilidade de utilizar subprodutos agroindustriais em
substituição ao cimento, cujo objetivo é reduzir o impacto ambiental da produção do
cimento e promover melhorias no desempenho do concreto. Neste contexto, a cinza
de casca de arroz é uma das adições minerais mais estudadas, pois além de ser um
resíduo industrial amplamente disponível, geralmente proporciona uma vida útil
maior às estruturas de concreto armado. O presente trabalho investiga a
microestrutura e durabilidade da cinza de casca de arroz residual e natural, sem
beneficiamento prévio, na produção de concreto estrutural. Foram estudados
protótipos de concreto com dimensões de 20 x 20 x 75 cm com substituição parcial
de cimento por cinza de casca de arroz moída e natural nos teores de 0%, 15% e
25%, nas relações a/ag 0,45; 0,55 e 0,65. Estes protótipos foram expostos em
condições ambientais naturais, até 540 dias. Procederam-se os ensaios de
resistência à compressão axial, água quimicamente combinada (AC), porosimetria
por intrusão de mercúrio (PIM), penetração acelerada de cloretos (EAPC) pelo
método da ASTM C 1202 e cloretos totais retidos. Os resultados obtidos
demonstraram que a resistência à compressão axial aos 540 dias atingiram os
maiores valores para as misturas com CCA moída, enquanto que as misturas
contendo CCA natural apresentaram as menores resistências, sendo inferior à
mistura referência. No ensaio de AC as misturas com CCA moída apresentaram o
melhor desempenho. Para o ensaio de PIM, as misturas que apresentaram as
maiores quantidades de poros de gel e mesoporos foram as misturas com CCA
moída, onde observou-se o refinamento dos poros dos 91 dias para os 540 dias,
reduzindo assim a porosidade destas misturas. Em relação ao ensaio de EAPC, as
misturas com CCA moída apresentaram as menores cargas passantes, com
destaque para a mistura com 25% de substituição. As misturas com CCA natural
apresentaram cargas passantes inferiores à mistura referência, mostrando um bom
desempenho. Para o ensaio do teor total de cloretos retidos, as misturas com CCA
moída apresentaram os menores níveis, confirmando o melhor desempenho que a
moagem da CCA promove no concreto. As misturas com CCA natural apresentaram
valores muito próximos à mistura referência. Os resultados obtidos mostram a
viabilidade técnica da CCA natural nos teores de 15% de substituição parcial de
cimento.